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Política Uma operação da Polícia Federal com o aval do Superior Tribunal de Justiça, investiga denúncias de desvios de recursos da saúde destinados ao combate ao coronavírus no Rio de Janeiro

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O governo fluminense não entregou todos os hospitais de campanha prometidos. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) cumpriu, nesta terça-feira (26),mandados de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, a residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e no escritório de advocacia onde atua a mulher dele. Também havia ordens judiciais cumpridas em um imóvel no bairro do Grajaú, na Zona Norte do Rio, que seria a residência pessoal de Witzel.

A operação, nomeada Placebo, investiga indícios de desvios de recursos públicos enquanto vigora o estado de emergência de saúde pública em decorrência do novo coronavírus. Witzel é alvo das investigações. A operação foi pedida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou 12 mandados de busca e apreensão. Desses, dez foram cumpridos no Rio de Janeiro e dois, em São Paulo. De acordo com o STJ, o processo corre em segredo de Justiça. O despacho autorizando a operação é do ministro Benedito Gonçalves.

Em nota, Witzel disse não haver “absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas”. Sem citar nomes, o governador apontou vazamento da operação por deputados bolsonaristas e disse que isso oficializa interferência do presidente Jair Bolsonaro.

“Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro.”

A Polícia Federal ficou cerca de 2h30min na antiga residência do governador, no Grajaú, e saiu por volta das 10h30min levando documentos e sacolas. O delegado responsável precisou chamar um chaveiro para abrir um cofre. A ação contou com oito agentes da PF, apoiados por 20 PMs, que fecharam a via. Agentes e advogados preferiram não dar declarações aos jornalistas.

Esquema em hospitais

Segundo a PF, investigações apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio de Janeiro.

A Iabas, gestora de hospitais de campanha, foi um dos alvos da operação desta terça. Agentes da PF foram a um escritório da empresa na capital paulista.

A suspeita é de que a gestora fraudou documentos e superfaturou o valor dos insumos. O esquema também teria usado empresas de fachada. “A ação teria a participação de agentes públicos, incluindo gestores da Secretaria Estadual de Saúde, responsáveis pelo processo de compra”, diz a Procuradoria.

A operação buscava “recolher documentos e outros materiais que possam reforçar o contexto probatório da investigação”. Os crimes investigados são peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“A previsão orçamentária do Estado era gastar R$ 835 milhões com os hospitais de campanha em um período de até seis meses. A suspeita é que parte desse valor teria como destino os próprios envolvidos”, diz a Procuradoria.

O governo fluminense não entregou todos os hospitais de campanha prometidos. A Justiça chegou a abrir prazo para que todos os leitos livres dos hospitais de campanha sejam colocados em operação para atendimento imediato de pacientes da covid-19. Witzel prometeu entregar os hospitais após a ação judicial.

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