Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2024
O dólar comercial fechou essa quarta-feira (26) cotado a R$ 5,51, o maior valor desde janeiro de 2022. A cotação no câmbio turismo chegou a ser cotada perto de R$ 6 durante a manhã, mas recuou para a casa dos R$ 5,80 no fim do dia. Mas, com a moeda americana nas alturas, qual é a melhor opção para quem vai viajar para o exterior nas férias de julho?
Muita gente com viagem marcada foi surpreendida, ainda mais porque o câmbio parar o turista é mais alto que a cotação comercial. Mas é possível amenizar, ao menos um pouco, o impacto no bolso. Levar a moeda em espécie, para evitar o risco da flutuação no cartão de crédito? Optar pelos cartões pré-pagos? Ou recorrer às contas globais, como Wise e Nomad?
Especialistas explicam as vantagens e desvantagens algumas modalidades. Confira abaixo:
As contas globais têm se tornado as novas queridinhas dos turistas brasileiros. Mais conhecidas pelos cartões Wise e Nomad, a modalidade é oferecida também por diferentes bancos e corretoras. Trata-se de uma conta corrente aberta no exterior. Mas o cadastro pode ser feito de forma simples, pelo celular, na maioria das vezes sem taxa de manutenção.
A compra de dólares – ou euros, libras, pesos, etc., já que muitos desses cartões oferecem opção de conversão para diferentes divisas – é feita através de Pix e o cliente pode acompanhar seu saldo pelo celular. Os pagamentos podem ser feitos por cartão físico ou virtual.
Taxas adicionais, como de abertura de conta e de remessa de valor, são cobradas de acordo com a instituição financeira. Igual uma conta corrente: você manda para sua conta e usa. Além de receber o cartão em casa, com crédito também como opção, você também pode ter o cartão nas wallets (carteiras digitais dos smartphones) .
Na Nomad, as taxas cobradas variam entre 1 a 2% da remessa enviada e não há taxa para abertura de conta.
A tecnologia também é aliada para aproveitar melhores preços. Os clientes da Wise, por exemplo, podem optar por um “piloto automático” de cotação, no qual o cliente pode criar alertas no app para ser notificado quando a taxa de câmbio atingir o valor desejado. Isso é uma forma de fazer uma poupança em dólar e estar mais preparado no momento da viagem.
Dinheiro em espécie
A compra de dólares, euros ou outras divisas em espécie tem uma cobrança menor de IOF, de 1,1%. No cartão de crédito, é 4,38%. Mas as cotações nem sempre são as mais vantajosas. Por isso, especialistas recomendam levar apenas uma pequena quantia, para compras imediatas ao chegar no país de origem ou para situações de emergência.
A modalidade mais prática – bastando liberar as compras internacionais com o banco – pode ser também a mais custosa. Isso porque uma das principais cobranças, o IOF, é de 4,38% neste ano. O imposto será reduzido progressivamente até 2028, quando será zerado. O cartão de crédito é para ser usado em último caso, porque, além das taxas mais altas, o câmbio depende do banco da conta.
Nos cartões pré-pagos, conhecidos como ‘travel money’, o pagamento realizado na hora da compra da divisa, com a cotação do momento. O IOF é, assim como o do cartão de crédito, de 4,38%. O limite pré-estabelecido ajuda a controlar despesas e é menos arriscado que carregar grandes quantias de papel-moeda.
Para quem não vai curtir férias internacionais em julho e ainda vai levar tempo para viajar, comprar dólar gradualmente pode ser uma saída para evitar um preço mais alto no futuro. Fazendo as compras da moeda aos poucos, se faz o chamado “preço médio”. Quanto maior a antecipação, mais você consegue aproveitar as oscilações e pode minimizar o risco de ter que comprar tudo de uma vez, pagando uma cotação mais alta.
No entanto, comprar a moeda e deixar o dinheiro parado pode fazer ele perder valor com o tempo. Nesse momento de alta, investimentos no exterior através de contas específicas podem ajudar ainda mais quem quer aproveitar para gastar lá fora em viagens no futuro. As informações são do jornal O Globo.