Quinta-feira, 01 de maio de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| Vazamento de dados do banco Credit Suisse revela possíveis conexões criminosas entre 18 mil contas com mais de 100 bilhões de dólares em depósitos

Compartilhe esta notícia:

Os clientes do segundo maior banco suíço incluem um elenco internacional de personagens com os quais a maioria das pessoas prefeririam não ser fotografadas. (Foto: Reprodução)

Os bancos suíços construíram uma reputação no mínimo duvidosa ao longo do século 20: a de abrigar em seus cofres, com presteza e sigilo, dinheiro de qualquer origem, lícita ou não. Com isso, ditadores, políticos e empresários corruptos e criminosos dos mais variados ramos recorreram a Zurique durante décadas para esconder o dinheiro originado de seus desvios.

A situação começou a mudar com a pressão imposta pelos Estados Unidos contra a lavagem de dinheiro depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Mas muito desse dinheiro permaneceu lá, quietinho, em contas numeradas e outros artifícios eficazes para ocultar a identidade dos correntistas.

Recentemente, um consórcio de jornais revelou que o banco Credit Suisse mantém ainda hoje mais de 18 mil contas em nomes de criminosos comuns, ditadores e suspeitos de violação de direitos humanos.

A informação vazada, que cobria depósitos estimados em mais de US$ 100 bilhões, veio de um denunciante que compartilhou suas descobertas com o jornal alemão Süddeutsche Zeitung. O jornal convocou então um consórcio formado por 46 outros veículos de comunicação de todo o mundo, incluindo The New York Times, Guardian e Le Monde.

Os clientes do segundo maior banco suíço incluem um elenco internacional de personagens com os quais a maioria das pessoas prefeririam não ser fotografadas.

Os clientes

Os titulares das contas incluem um chefe de espionagem iemenita implicado em tortura, funcionários venezuelanos envolvidos em um escândalo de corrupção e os filhos do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak.

As contas foram abertas entre as década de 1940 e 2010, de acordo com o comunicado divulgado pelo Projeto de Denúncias sobre Crime Organizado e Corrupção.

“Vi com muita frequência criminosos e políticos corruptos que podem se dar ao luxo de continuar fazendo negócios como de costume, não importa quais sejam as circunstâncias, porque têm a certeza de que seus ganhos ilícitos serão mantidos em segurança”, Paul Radu, co-fundador do projeto.

“Nossa investigação expõe como essas pessoas podem contornar a regulamentação apesar de seus crimes, em detrimento das democracias e das pessoas em todo o mundo.”

Embora os bancos suíços, mundialmente conhecidos pelas rígidas leis de sigilo do país que protegem os clientes, não aceitem dinheiro vinculado a atividades criminosas, a lei não é aplicada, de acordo com o The New York Times, que citou um ex-chefe da organização anti-crime da Suíça.

Credit refuta

O Credit Suisse emitiu nota na qual “rejeita veementemente” as acusações feitas sobre suas práticas de negócios.

“As matérias apresentadas são predominantemente históricas, em alguns casos remontando à década de 1940, e as contas dessas matérias são baseadas em informações parciais, imprecisas ou seletivas, descontextualizadas, resultando em interpretações tendenciosas da conduta empresarial do banco”, disse o banco.

Cerca de 90% das contas citadas no vazamento já teriam sido fechadas ou estavam em processo de fechamento antes do início das investigações da mídia, prossegue o Credit.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

Vladimir Putin ordena envio de militares a regiões separatistas da Ucrânia
Entenda a manobra que permitiu pouso de aviões durante tempestade em Londres
https://www.osul.com.br/vazamento-de-dados-do-banco-credit-suisse-revela-possiveis-conexoes-criminosas-entre-18-mil-contas-com-mais-de-us-100-bilhoes-em-depositos/ Vazamento de dados do banco Credit Suisse revela possíveis conexões criminosas entre 18 mil contas com mais de 100 bilhões de dólares em depósitos 2022-02-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar