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Economia Vice-governador do Estado participa da abertura da colheita do arroz em Alegrete

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José Paulo Cairoli representou o governo do Estado no evento. (foto: Gabriel Munhoz/Secretaria Estadual da Agricultura)

O vice-governador José Paulo Cairoli participou, neste sábado (20), representando o governo do Estado, da abertura oficial da colheita do arroz em Alegrete, na Fronteira Oeste, no Parque de Exposições Dr. Lauro Dornelles. Considerado o maior evento orizícola do continente, o encontro contou com a presença de mais de dez mil produtores, além de empresas e entidades ligadas à cadeia produtiva. Apesar da safra ter sido marcada pelos problemas climáticos, ocasionados pelo fenômeno El Niño nos meses de outubro e novembro, os produtores estão otimistas e falam em superação.

“O que vemos aqui em Alegrete é o exemplo do Estado que queremos, que cresce e se desenvolve. Um espaço para que produtores e técnicos possam trocar experiências e ter acesso a novas tecnologias. Da porteira para dentro, vamos bem: temos produção, produtividade, gestão e o apoio do nosso Irga”, enfatizou Cairoli, salientando que o desafio do governo é recolocar o RS no caminho do crescimento e desenvolvimento. “Estamos focados na reestruturação do Estado para voltarmos a ter o equilíbrio financeiro”, destacou o vice-governador.

A média a ser colhida em 2015/2016 deve ser de 7 mil quilos por hectare, considerada boa, mas com possibilidade de ser mais efetiva, superando os 8 mil quilos. Para tanto, a meta é que o setor siga investindo em tecnologia na produção. O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, observa que os prejuízos chegam aos 500 milhões de reais, e a entidade negocia com os ministérios da Agricultura e Planejamento a liberação de recursos que atenuem as perdas.

Para Dornelles, o produtor tem motivos para estar otimista nesse início de colheita do arroz. Entre eles, os fatos de a oferta e de os estoques estarem equilibrados em todos os países produtores do Mercosul e de o governo federal ter liberado a implementação do pré-custeio e do Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM). “Mediante essas duas atitudes concretas do governo e a forte demanda para a exportação, o orizicultor pode, sim, se manter confiante”, destaca. Ainda que os custos diminuam a rentabilidade, Dornelles espera preços mais valorizados, com a saca sendo comercializada em média por 45 reais.

Dos 1,080 milhões de hectares de arroz plantados, 40 mil foram perdidos devido ao excesso de chuvas. Mesmo assim, 13 mil hectares foram replantados. As últimas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz e da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado indicam uma quebra de, pelo menos, 15%. Com isso, a produção deve cair de 8,6 milhões de toneladas em 2014/2015 para 7,5 milhões de toneladas.

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