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Rio Grande do Sul Vítimas de pirâmide financeira criam associação para buscar direitos na Justiça gaúcha

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"O interesse da associação é ver os responsáveis condenados criminalmente", disse o advogado Demetrius Teixeira

Foto: Divulgação
"O interesse da associação é ver os responsáveis condenados criminalmente", disse o advogado Demetrius Teixeira. (Foto: Divulgação)

Os investidores que afirmam que foram prejudicados pela corretora Unik Forex, com sede em Novo Hamburgo, criaram a Associação em Defesa dos Direitos dos Investidores da Unik Forex – ADDI/UNIK – com o objetivo de buscar a condenação criminal dos sócios da empresa. A ação penal tramita na Justiça Federal do Rio Grande do Sul.

A entidade entrou com mandado de segurança no TRF-4 para ingressar no processo como assistente de acusação. Até o momento, mais de 220 pessoas participam da associação. O advogado Demetrius Teixeira argumenta que é importante que todos os clientes que foram lesados façam parte da mesma ação para não criar um tumulto processual, argumento usado pela juíza da primeira instância para negar o pedido feito anteriormente.

“O direito dos investidores está presente na Constituição como Direito de Propriedade. Eles são os reais proprietários dos valores aportados na Unick. Tanto as vítimas imediatas [nesta ação o Sistema Financeiro Nacional] como as mediatas [os associados] têm legitimidade para ingressar no processo como assistente de acusação. O interesse da associação é ver os responsáveis condenados criminalmente”, explica Teixeira.

O Departamento Jurídico da associação também busca ingressar na ação penal como assistente de acusação para que os sócios da Unik respondam por crime contra a economia popular, também conhecido como pirâmide financeira. “Este crime não está na denúncia do Ministério Público Federal, mas acreditamos que existe conexão com a prática de lavagem de dinheiro, evasão de divisas entre outros. E, portanto, cabe à Justiça Federal conduzir a ação quando existe um crime de esfera estadual com conexão. O entendimento é do STJ “, salientou.

Pessoas alegam terem sido lesadas pelo esquema de pirâmide financeira também em outros Estados. Moradora de Palhoça (SC), Karoline Santos Mattos, 37 anos, perdeu quase R$ 15 mil. Ela conta que tinha o valor guardado no banco resultado da venda da casa de sua avó e conhece a Unik através de uma amiga. “O corretor passava uma segurança de que não iria perder o dinheiro, que o capital dobraria em seis meses. Até uma tabela foi enviada pela empresa. Logo no primeiro mês já não recebi nada. Quando fui sacar o dinheiro na conta não tinha nada e até hoje estou esperando. Perdi tudo o que tinha e estou sem dinheiro”, conta Karoline.

Para o morador de Novo Hamburgo Alcindo Herpich, 50 anos, um amigo apresentou o projeto. “Quando ele falou que a empresa era de Novo Hamburgo fui atrás de mais informações. A Unik tinha endereço fixo, pesquisei quem tinha entrado, aplicando, ganhando dinheiro. Resolvi entrar com uma conta pequena para testar com o objetivo de aprender sobre mercado financeiro. No começo, o pagamento ocorreu de forma correta. Eles garantiam que tinham patrimônio, que quem quisesse sair não teria problema. Quando fui demitido de um dos empregos, peguei o valor da rescisão e resolvi aplicar como uma forma de ampliá-lo numa espécie de seguro-desemprego para pagar as contas. O que aconteceu foi que em agosto os pagamentos já começaram a atrasar e não recebi de volta nenhum real aplicado”, relembra. “O aperto financeiro foi enorme. Perdi dois empregos em questão de dez dias. Quero buscar apenas o dinheiro já investido, que entendo ser meu direito, não estou preocupado com juros”, completa.

A Associação de Defesa dos Direitos dos Investidores da Unik Forex localiza-se na rua Jorge Assum 481/302, no Centro de Sapucaia do Sul. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 3781.9580 e (51) 98661.0577 e pelo e-mail demetrius@dbtadvocacia.com.br.

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https://www.osul.com.br/vitimas-de-piramide-financeira-criam-associacao-para-buscar-direitos-na-justica-gaucha/ Vítimas de pirâmide financeira criam associação para buscar direitos na Justiça gaúcha 2020-02-13
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