Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2022
A terça-feira (17) foi marcada pela chegada do ciclone Yakecan na região Sul do Brasil. De acordo com o Climatempo, ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica onde os ventos se movimentam fazendo com que haja convergência a partir de seu centro. Quando o ciclone está em superfície, o seu centro é uma área onde normalmente o ar quente e úmido sobe, favorecendo a formação de nuvens e consequentes tempestades.
A informação da Metsul é de que esse ciclone foi classificado como subtropical (quente em superfície e frio em altitude) pela Marinha do Brasil. O nome Yakecan significa “som do céu” na língua tupi-guarani, e foi batizado segundo a Norma da Autoridade Marítima para Meteorologia Marítima (NORMAM-19), que diz que ciclones atípicos (subtropicais e tropicais) que se formam no mar territorial brasileiro devem ser nomeados.
A tensão acerca dos impactos que o ciclone Yakecan poderia causar, especialmente na região Sul do país, foi amenizada nesta quarta-feira (18), após a tempestade subtropical se afastar do litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), o ciclone perdeu força após se deslocar em direção ao oceano, tendência já prevista inicialmente pelas autoridades.
“O ciclone se configurou próximo à região Sul, onde acarretou impactos devido ao vendaval e rajadas de vento. Mas à medida que o tempo passa, ele começa a mover-se mais para o oceano e aí perde a influência naquela faixa litorânea do Sul”, explica Andrea Ramos, meteorologista do InMet.
Andrea aponta ainda que, apesar de o fenômeno estar sendo monitorado há semanas, a velocidade com que ele se distanciou da costa foi mais rápida que o previsto.
“O vento intenso contribuiu para que a tempestade subtropical, que é algo muito comum nessa época do ano, deslocasse o ciclone para o oceano de forma mais acelerada. A previsão ainda é de tempo bastante frio no Sul e regiões do Sudeste, mas o pior já passou”, completa a meteorologista.
A Defesa Civil Nacional descartou a possibilidade de um furacão atingir o Brasil após o ciclone subtropical Yakecan começar a se afastar do litoral. Fortes rajadas de ventos devem continuar no Sul e no Sudeste. Também há previsão de frio e geada em grande parte do Brasil.
Nesta quarta, o ciclone perdeu intensidade e vai em direção a Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registraram ventos de 96km/h em São José dos Ausentes, no litoral gaúcho.
A ventania pode afetar até Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A recomendação das autoridades é de que a população tome bastante líquido, evite locais fechados e se mantenha aquecida.
Em nota, a Marinha do Brasil informou nesta quarta que o ciclone encontrava-se 310 km a leste da costa do estado de Santa Catarina. As análises atualizadas mantém a estrutura do sistema como Tempestade Subtropical durante seu deslocamento para Leste/Nordeste e, posteriormente, para Sudeste.
A Marinha alertou os pescadores e navegantes sobre a previsão de mar grosso a muito grosso, com alturas de ondas entre 3 e 6 metros em alto-mar. Também há possibilidade de ressaca, com ondas entre 2,5 e 4 metros. As informações são da revista Galileu e do jornal O Globo.