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Política A empresa de fachada que era supostamente usada por Michel Temer tinha “limpeza diária” de provas, segundo o Ministério Público Federal

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Imagem de escritório da Argeplan, que passava por destruição diária de provas. (Foto: Reprodução)

Uma foto divulgada pelo MPF (Ministério Público Federal) mostra uma mesa de trabalho extremamente limpa na Argeplan, que, segundo o órgão, era uma empresa de fachada usada pelo grupo de Michel Temer para receber e lavar dinheiro de propinas. De acordo com a PF (Polícia Federal), o lugar era assim porque as provas dos crimes eram destruídas o tempo todo, em um processo de “limpeza diária”. As informações são do portal de notícias G1.

A destruição de provas foi um dos principais fundamentos de prisão preventiva do ex-presidente e outros acusados. Para a defesa de Michel Temer, a urgência das prisões antes do julgamento não se justifica. No pedido de habeas corpus, os advogados afirmam que a prisão se baseia em afirmações genéricas, sem fundamento concreto.

Dizem ainda que as buscas da polícia foram feitas em maio de 2017, e que por isso a contemporaneidade dos crimes não está comprovada. Mas os procuradores dizem que não havia tempo a perder.

“A necessidade da prisão já se apresentava inclusive quando o ex-presidente Michel Temer ocupava a cadeira de presidente da república”, diz o procurador da República Eduardo El Hage. “Ele só não foi preso quando ele negociava propina dentro do palácio jaburu em razão do obstáculo constitucional. Foi demonstrado que a propina, nesses casos, por exemplo, dos portos, era paga em até 20 anos, parcelas mensais e sucessivas que eram pagas em 20 anos e que o ex-presidente temer, estaria a receber inclusive nos dias de hoje mesmo tendo saído do cargo.”

Dinheiro vivo

Outro exemplo que os procuradores apresentaram para justificar a prisão preventiva foi a tentativa de depósito de R$ 20 milhões em dinheiro vivo, em outubro do ano passado, numa conta da Argeplan. O banco recusou o depósito.

Um relatório do Coaf, o conselho de controle de atividades financeiras, registrou que o banco pediu a comprovação da origem dos valores. E que o portador do dinheiro não se identificou e se retirou da agência.

O ministério público considerou que não adiantaria apenas bloquear os bens dos envolvidos, já que esse dinheiro continuaria circulando livremente fora do sistema bancário.

Para embasar o pedido de prisão, os procuradores afirmaram também que a organização criminosa tinha um serviço de contrainteligência, destinado a dificultar as investigações, produzindo inclusive documentos falsos para despistar os investigadores.

O MPF disse que esse serviço era chefiado pelo braço direito de Michel Temer, o Coronel Lima. O grupo vigiava a polícia e tinha até uma lista com os nomes e detalhes dos policiais que trabalhavam nas investigações. A Polícia Federal apreendeu cadernos e documentos com essas informações.

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