Terça-feira, 01 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Armando Burd A manipulação nos bastidores

Compartilhe esta notícia:

75% das doações recebidas por Sebastião Melo foram dos ramos de construção e atividades imobiliárias. (Foto: André Lisbôa/Agência ALRS)

Os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis”. Frase atribuída a Otto Von Bismark, diplomata e político prussiano, que viveu de 1815 e 1898. Foi lembrada pelo deputado estadual Sebastião Melo e provocou risos na sessão plenária de ontem à tarde, da Assembleia Legislativa, quando chegou o emendão do Código Ambiental do Estado. A votação ocorreu duas horas depois.

As alterações, condensadas em 18 páginas, não foram lidas pela maioria dos deputados. Quer dizer, decidiram no escuro.

Quem abriu o caminho

O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado no país a criar o Código do Meio Ambiente, que passou a vigorar a 3 de agosto de 2000.

Este ano, o Executivo começou a elaborar novo Código, entregue ao Legislativo a 27 de setembro com pedido de votação em regime de urgência. A justificativa do governo era “desburocratizar o processo para quem quer empreender sem descuidar do meio ambiente”.

Pressa injustificada

O novo Código contém 480 alterações. Passou pela Comissão de Constituição e Justiça, mas sequer foi analisado pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente. O governo acredita que deu chance suficiente a manifestações em uma audiência pública e encerrou por aí. Com maioria de votos na Assembleia, atropelou no plenário.

O Executivo deixou subentendido: os que entendem do assunto são os técnicos. Se eles falaram que melhorou, não há o que discutir.

Deficiência

Com o antigo e o novo Código o problema continua sendo o mesmo: a falta de pessoal para fiscalizar. Significa o risco de degradação cada vez maior dos recursos naturais.

Sem misturar

O sistema de varejo será seguido pelo Ministério da Fazenda, que se recusa a negociar, em conjunto, as dívidas dos Estados. Tem razão. Alguns governos contaram os centavos, fizeram economia e racionalizaram o trabalho dos funcionários. Grande parte desperdiçou recursos numa politicagem desenfreada que produziu rombos.

Há 25 anos

A notícia que espantou os brasileiros a 12 de dezembro de 1994:

O Supremo Tribunal Federal absolveu por cinco votos a três o ex-presidente Fernando Collor de Mello da acusação de crime de corrupção passiva. Dois anos após o impeachment, a mais alta Corte da Justiça do país concluiu que não há provas para condenar. O empresário Paulo César Farias também foi beneficiado. Ele estava preso há um ano.”

O ministro Celso de Mello integrava o Supremo e votou pelas absolvições.

Inconformidade

Após a decisão do Supremo, houve enxurrada de declarações. Uma delas foi de Dalmo Dallari, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo:

A absolvição não fará do presidente deposto um homem honesto.”

Primeiros movimentos

Christopher Goulart, Valério Cassafuz e Tiago Cadó pré-candidatos do PDT à Prefeitura de São Borja, participam hoje à noite de debate na sede do diretório municipal.

Pratos quebrados

Desaliança foi a palavra que entrou no dicionário político brasileiro este ano e tem sido usada sem parar.

Na estratosfera

A 12 de dezembro de 1999, o presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista, declarou que “o controle do déficit é a base de um país melhor”. Nem ele, nem os que o antecederam e o sucederam, seguiram a fórmula. O descontrole explica o valor da dívida pública brasileira que chega a 4 trilhões e 300 bilhões de reais.

Não toma jeito

Para o governo do Estado, teto só tem duas definições: é a parte superior interna de um recinto coberto ou a altitude máxima que uma aeronave pode alcançar em segurança. Nada além. Qualquer outra interpretação é tida como provocação.

Aprendem tudo

Quando se vê o jogo do toma lá dá cá em câmaras municipais e assembleias legislativas, conclui-se: o Congresso Nacional é apenas o último estágio de um longo aprendizado.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Armando Burd

O governo do Estado entrou na contramão
Antes tarde do que nunca
https://www.osul.com.br/a-manipulacao-nos-bastidores/ A manipulação nos bastidores 2019-12-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar