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Brasil A OAB pede para juiz impedir a destruição de provas obtidas com os hackers que estão presos

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Walter Delgatti Neto foi preso em julho. (Foto: Reprodução/Facebook)

O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu ao juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que o magistrado impeça a destruição das provas obtidas pela Operação Spoofing, que prendeu o hacker suspeito de ter invadido os celulares de diversas autoridades.

A OAB pede que “sejam expedidas ordens judiciais para que as autoridades policiais, o Exmo. Ministro da Justiça e os demais interessados nas investigações se abstenham da tomada de quaisquer medidas que possam levar ao comprometimento da integridade do material probatório coligido na Operação Spoofing”.

A Ordem sustenta seu pedido com base nas declarações do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, que informou às autoridades atingidas pela invasão que o material capturado seria destruído, sob o argumento de preservação da identidade das vítimas. Em nota, a OAB afirma que cabe ao Poder Judiciário decidir sobre o destino do material.

“Qualquer intromissão do ministro da Justiça é manifestamente imprópria diante da exclusiva competência do Poder Judiciário para decidir sobre o destino dos materiais coletados, mormente em procedimento investigativo que corre em segredo de justiça. É certo que, se o inquérito é mantido sob sigilo, não cabe ao Ministro da Justiça ter acesso aos dados, quanto menos interferir na sua utilização e destino”, afirma o órgão.

Em depoimento à Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, afirmou que não editou as mensagens de membros da Operação Lava-Jato antes de repassá-las ao site The Intercept Brasil. Ele também afirmou acreditar não ser possível fazer a edição das mensagens do Telegram em razão do formato utilizado pelo aplicativo.

“Vermelho” também detalhou como chegou ao telefone de autoridades, como o procurador Deltan Dallagnol. Ele conta que o primeiro celular invadido foi o do promotor Marcel Zanin Bombardi, de Araraquara (SP), que o denunciou por tráfico de medicamentos de uso controlado.

A destruição das provas, alega a OAB, também atenta contra a competência do STF (Supremo Tribunal Federal), que pode ser chamado a apreciar os fatos, uma vez que há possíveis autoridades atingidas pela invasão sujeitas a prerrogativa de foro, como o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio Noronha, que confirmou o ataque.

A OAB também pede a Vallisney que o órgão seja admitido como assistente no inquérito da Operação Spoofing, instaurado para apurar as invasões nas contas do Telegram de autoridades. Em coletiva de imprensa na semana passada, a Polícia Federal afirmou que pelo menos 1000 números foram atacados, dentre eles o do presidente Jair Bolsonaro, o da deputada federal Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, e do ministro da Economia Paulo Guedes.

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https://www.osul.com.br/a-oab-pede-para-juiz-impedir-a-destruicao-de-provas-obtidas-com-os-hackers-que-estao-presos/ A OAB pede para juiz impedir a destruição de provas obtidas com os hackers que estão presos 2019-07-27
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