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Brasil A Polícia Federal indiciou um jornalista pelo vazamento sobre fase da Operação Lava-Jato em que Lula prestou depoimento

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Ex-presidente foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por Gabriela Hardt. (Foto: Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) indiciou o jornalista Francisco José de Abreu Duarte pelo crime de embaraço a investigação de organização criminosa, devido ao vazamento sobre a 24ª fase da Operação Lava-Jato, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado coercitivamente a prestar depoimento.

O caso passou a ser investigado porque assessores do político teriam sido avisados de que a operação estava prestes a ser deflagrada. As informações eram sigilosas.

De acordo com as investigações, a auditora da Receita Federal Rosicler Veigel, que atuava na força-tarefa da Lava-Jato, disse à PF que, em fevereiro de 2016, contou ao então namorado, Francisco Duarte, que uma “bomba” relacionada ao ex-presidente Lula estava prestes a acontecer.

O inquérito foi concluído pelo delegado da PF Filipe Pace em 16 de janeiro, mas só foi anexado ao sistema eletrônico da Justiça nesta terça-feira (22). Com o indiciamento, o inquérito segue para o Ministério Público Federal que avalia se oferece ou não denúncia à Justiça.

Relembre o caso

Em 4 de março de 2016 Lula foi levado para prestar depoimento no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).

Pouco mais de um ano depois, em 21 de março de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães, dono do Blog da Cidadania, foi conduzido coercitivamente à PF em São Paulo. Ele foi ouvido no inquérito da PF do Paraná que apurava o fato de Guimarães ter feito a divulgação antecipada da condução coercitiva de Lula na Lava-Jato.

Após o início das investigações sobre o vazamento da operação, Rosicler Veigel disse que, quando comentou com o então namorado sobre a ação, tinha levado para casa cópias das decisões que teve acesso, sobre a operação em que Lula seria alvo.

No entanto, ela negou que tenha entregue os documentos a Abreu. A auditora disse que foi ele quem retirou os documentos da bolsa, sem que ela soubesse.

Francisco Duarte também prestou depoimento. Ele confirmou que vazou as informações sobre a operação para o blogueiro Eduardo Guimarães. No entanto, Duarte negou que as informações tenham partido de Rosicler e invocou o direito constitucional para proteger a fonte.

O ex-namorado da auditora afirmou ainda que, ao vazar as informações ao blogueiro, pediu que o Instituto Lula fosse avisado sobre a operação.

Em depoimento, Guimarães admitiu que foi Duarte quem lhe passou as informações. Ele também disse que passou todas as informações ao assessor do Instituto Lula, José Chrispiniano. O blogueiro ainda disse imaginar que o assessor tenha repassados as informações sigilosas ao ex-presidente.

À época, José Chrispiniano afirmou que é rotina de um assessor ser procurado por jornalistas para checagem de informações e que, no documento da Receita em que o blogueiro Eduardo Guimarães pediu para checar, não havia nenhum dado sobre busca e apreensão ou condução coercitiva.

Segundo Chrispiniano, o documento só tinha informações sobre quebra de sigilo fiscal e bancário.

Moro

A investigação estava sob a supervisão do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em 30 de maio de 2017, o então magistrado se declarou suspeito para seguir acompanhando o caso, devido a processos movidos pelo blogueiro Eduardo Guimarães contra ele.

Depois disso, o processo foi redistribuído para a 23ª Vara Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Nivaldo Brunoni.

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