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Geral A revista The Economist vê a Amazônia sob risco de morte e pede uma vigília global

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A capa da revista The Economist desta semana destaca a ameaça do desmatamento descontrolado. (Foto: Reprodução)

Na capa da revista The Economist desta semana, a vigília (ou o velório) para a Amazônia, com “A ameaça do desmatamento descontrolado”. A publicação britânica de alcance global, culminado o que já vinha sendo denunciado por outros veículos no exterior ao longo da semana, afirma que a região “está perigosamente perto do ponto de inflexão”, do qual não haveria como retornar. As informações são da coluna de Nelson de Sá, do jornal Folha de S.Paulo, e da agência de notícias Reuters.

“O Brasil tem o poder de salvar a maior floresta tropical da Terra – ou destruí-la”, escreve, em editorial, que aponta o presidente brasileiro como responsável:

“Jair Bolsonaro está acelerando o processo, em nome, ele afirma, do desenvolvimento. O colapso ecológico que suas políticas podem precipitar seria sentido com mais intensidade nas fronteiras de seu país, que circundam 80% da bacia – mas iria muito além delas. Precisa ser evitado.”

O presidente brasileiro “deixou claro que os infratores não têm nada a temer” e, “como 70% a 80% da extração madeireira na Amazônia é ilegal, a destruição aumentou para níveis recordes”. Desde que ele assumiu, em janeiro, “as árvores estão desaparecendo a uma taxa de mais de duas ilhas de Manhattan por semana”.

A revista escreve que “o mundo deve deixar claro a Bolsonaro que não vai tolerar seu vandalismo” e sugere ações concretas:

“Empresas de alimentos, pressionadas pelos consumidores, devem rejeitar a soja e a carne produzidas em terras amazônicas exploradas ilegalmente. Os parceiros comerciais do Brasil devem fazer acordos contingentes de seu bom comportamento. O acordo alcançado em junho pela União Europeia e pelo Mercosul, do qual o Brasil é o maior membro, já inclui dispositivos para proteger a floresta tropical. Aplicá-los é esmagadoramente do interesse das partes. O mesmo vale para a China, que está preocupada com o aquecimento global e precisa da agricultura brasileira para alimentar sua pecuária.”

Além do editorial, a Economist publicou uma longa reportagem intitulada, na versão impressa, “À beira” (On the brink). Afirma que a região está “se aproximando de um ponto de inflexão irreversível”, cujos “resultados seriam desastrosos para o Brasil e para o mundo”.

Ministro do Meio Ambiente

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reconheceu nesta quinta-feira que o desmatamento da Amazônia tem aumentado nos últimos anos, mas afirmou que a alta de 88% em junho divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) não é verdadeira, embora não tenha estimado qual percentual seria o correto.

Em entrevista coletiva em Brasília ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Salles disse que boa parte do desmatamento computado pelo Inpe em junho ocorreu em períodos anteriores, mas não foi possível detectá-lo devido à “fragilidade” do sistema Deter, que alerta o desmatamento em tempo real na Amazônia.

Questionado sobre qual seria o número verdadeiro do desmatamento na Amazônia em junho, Salles disse que os dados do Deter não permitem mensurar percentual de mês a mês.

Justamente essa informação de mensurar mês a mês que o Deter explica que não se deve fazer, porque a complexidade dos alertas não produz informação com a acurácia e a precisão necessárias para se afirmar seja um percentual ou outro. Trata-se de uma postura inconsequente atribuir um percentual como esse diante de tantas fragilidades que nós encontramos”, disse o ministro.

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https://www.osul.com.br/a-revista-the-economist-ve-a-amazonia-sob-risco-de-morte-e-pede-uma-vigilia-global/ A revista The Economist vê a Amazônia sob risco de morte e pede uma vigília global 2019-08-01
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