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Armando Burd Aula sobre enfrentamentos

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O ministro disse que obras nacionais 'não têm plateia' por serem 'muito ruins'. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, dedicou a manhã de ontem para encontro em Gravataí sobre o tema Combate ao Uso de Drogas e Enfrentamento à Violência. O convite do prefeito Marco Alba lotou o auditório com mais de 100 participantes, entre terapeutas de comunidades, conselheiros tutelares, professores, policiais civis e militares.

Números assustadores

Terra citou a existência de 30 milhões de usuários do tabaco e do álcool no país, considerados drogas lícitas. Mais 7 milhões de dependentes químicos de drogas ilícitas. Referiu dados, comprovando que o consumo provoca aumento da violência. Além disso, lembrou que uma das consequências do vício da maconha tem sido o número de jovens interditados porque áreas do cérebro deixam de funcionar.

Proibir é o caminho

Na palestra, o ministro Terra contestou a tese da liberação. Seus defensores afirmam que “perdemos a guerra contra as drogas, é preciso legalizar”. Trouxe como exemplo o Japão, onde havia 2 milhões de dependentes de drogas em 1945. O governo decretou lei rigorosa em 1948 para reprimir o tráfico e o consumo. Em 1954, foram presas 56 mil pessoas. Quatro anos após, o número de presos caiu para 271 pessoas. Governo e sociedade ganharam a disputa.

Necessidade do rigor

A Suécia liberou as drogas até 1968 com danos graves como absenteísmo no trabalho e aumento da criminalidade. A lei mudou, ficou mais punitiva e os índices de violência diminuíram muito.

Redução comprovada

Outro exemplo de Terra foi a Islândia que, há 20 anos, registrava o maior índice de jovens envolvidos com drogas no mundo. Hoje é o país com o menor uso.

O que fazer

Algumas das medidas adotadas na Islândia: 1) o álcool está livre, mas obriga o consumidor a preencher um cadastro para compra em determinados locais. Quando excede uma quantidade, terapeutas vão à casa do jovem propor tratamento; 2) existe o toque de recolher: menores de 18 anos não podem estar nas ruas e bares após as 22 horas; 3) as escolas sugerem aos pais cronograma de ocupação com os filhos, começando pelo tempo para conversarem. Nesses momentos, nenhum aparelho eletrônico deve estar ligado.

Efeitos devastadores

Outras observações de Terra: 1) o uso de drogas lícitas e ilícitas é responsável por 50 por cento dos acidentes de trânsito e 60 por cento dos suicídios; 2) as fábricas de cigarros pagam 12 bilhões de reais de impostos por ano. O tratamento das doenças provocadas pelo vício vai a 57 bilhões de reais.

Guerra nas telas

Lado 1: há 22 mil trabalhos científicos registrados no Google sobre efeitos nocivos da maconha.

Lado 2: mais de 1 mil grupos nas redes sociais se comunicam, defendendo a maconha.

Conclusões

Quanto mais informações sobre drogas, menor é o consumo; 2) vários países, entre eles o Brasil, fazem a denominada Epidemiologia do Esgoto. Por meio da análise em laboratórios da urina colhida na rede de água já utilizada, é possível medir o consumo de drogas; 3) a Prefeitura de Gravataí receberá uma equipe de especialistas do Ministério da Cidadania para aplicar projeto-piloto de combate às drogas, idêntico ao da Islândia.

Zona de conflito

Só existe uma hipótese de o PP deixar o governo municipal. A renúncia do vice-prefeito Gustavo Paim, que não ocorrerá. Depois de vários indicados seus terem sido demitidos, os progressistas souberam que o motivo foi o desempenho avaliado pelo Banco de Talentos. Encaminharam pedido sobre critérios utilizados pelo banco. Segundo consta, foi o que levou o prefeito Nelson Marchezan a romper.

Lançando moda

Para serem rapidamente identificados, servidores do governo do Estado, nas próximas visitas ao Ministério da Economia para negociações, levarão uniforme denominado Saldo Devedor. Bem visível no bolso, junto à lapela, um lenço para emergências.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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