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Brasil Bancada do PT decide apoiar medidas de ajuste fiscal, mas votação é adiada

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Dilma também se encontra com a coordenação política do governo (Foto: Andre Dusek/AE)

Após mais de quatro horas de reunião, a bancada do PT na Câmara decidiu que apoiará as medidas provisórias do ajuste fiscal apresentadas pelo governo, que restringem o acesso a benefícios previdenciários.

O plenário da Câmara deveria começar a votar ainda nesta terça-feira a MP (medida provisória) 665, que torna mais rigoroso o acesso a benefícios previdenciários, como seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial. Porém a votação foi adiada (O motivo foi que o presidente da Câmara Eduardo Cunha, após seu partido, PMDB, descobrir que, se alguns petistas descumprissem o acordo e votassem contra o ajuste, não seriam punidos internamente). A outra MP do ajuste, a 664, que restringe o acesso ao benefício da pensão por morte, foi aprovada no início da tarde pela comissão especial e deve ser votada nesta quarta-feira, segundo informou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O encontro da bancada do PT, que começou pela manhã, chegou a ser interrompido e retomado no final da tarde. Parte dos deputados petistas resistia a votar pela aprovação das MPs porque avaliava que as medidas retiram direitos trabalhistas, o que a presidenta Dilma Rousseff afirmou durante a campanha eleitoral que não faria. Na campanha, ela afirmou que “nem que a vaca tussa” haveria mudança em direitos trabalhistas. Nesta terça, parlamentares estenderam uma faixa no plenário da Câmara com a inscrição “MPs 664 e 665 – Nem que a vaca tussa”.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, anunciou que a decisão da bancada do PT foi unânime. Do lado de fora da reunião, no entanto, foi possível ver que nem todos os deputados levantaram as mãos para aprovar a proposta.

“Foi um exaustivo debate. O PT decide acompanhar o governo por unanimidade, tomou essa posição. É claro que nós vamos agora dialogar com os demais partidos  da base e podemos ter uma votação tranquila. Foi difícil, foi duro, não houve acirramento nem briga, foi uma decisão política”, afirmou.

Guimarães disse ainda que o apoio da base do governo foi fundamental para a decisão do partido. Segundo ele, somente o PDT informou que não irá votar a favor das medidas.
“A posição de apoio político às duas medidas provisórias foi fundamental para a bancada do PT dar essa sinalização. Todos esperavam esse gesto do PT, e o gesto foi dado.”

Questionado se não seria incoerência o PT não apoiar as medidas apresentadas pelo governo, o líder do partido na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), afirmou que é um “direito” de cada deputado ter uma opinião diferente. “É um direito de cada parlamentar. Temos que ter paciência para conversar, uns estão vendo de uma forma, outros estão vendo de outra e não é diferente no PT. Então, com muito respeito às opiniões diferentes, mas eu acho que hoje nós acertamos o rumo em apoiar as medidas de ajuste.”

Antes da decisão do PT, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), havia afirmado que era necessária “convicção” da bancada do PT para que os demais partidos aliados se mantivessem favoráveis às Mps. “O PMDB tem convicção que é necessário um ajuste fiscal para o país. Mas nós consideramos que é fundamental que o PT tenha a mesma convicção. Se eles não tiverem, certamente abalará a nossa convicção”, sustentou.

Na segunda-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também avaliava que seria “muito difícil”a aprovação das MPs sem o apoio do PT. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), chegou a afirmar que haverá um “corte radical” no Orçamento se as medidas provisórias do ajuste fiscal não forem aprovados. (AG)

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https://www.osul.com.br/bancada-do-pt-decide-apoiar-medidas-de-ajuste-fiscal-do-governo/ Bancada do PT decide apoiar medidas de ajuste fiscal, mas votação é adiada 2015-05-05
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