Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2019
Filhos do presidente da República, Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foram condecorados pela segunda vez, em menos de um mês, pelo pai.
Nesta terça-feira (21), Eduardo, Flávio e mais 15 ministros do governo Bolsonaro, incluindo dez que também já haviam sido homenageados com a Ordem de Rio Branco, foram agraciados com a Ordem do Mérito Naval. A homenagem é entregue a personalidades civis e militares que tenham prestado serviços relevantes à Marinha.
Na lista de condecorados, também constam os nomes de sete governadores – entre eles o gaúcho Eduardo Leite –, da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, do presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Thompson Flores, e do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
No início deste mês, Bolsonaro designou Flávio e Eduardo Bolsonaro para receberem a Comenda de Grande Oficial da Ordem de Rio Branco, condecoração que “distingue serviços meritórios e virtudes cívicas” e estimula “a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção”. No ato, também foram homenageados o vice-presidente Hamilton Mourão e o ideólogo de direita Olavo de Carvalho com o mais alto grau da Ordem.
Desta vez, a lista de agraciados conta com 461 pessoas, entre políticos, militares, magistrados e instituições civis e militares. Entre os agraciados com a Ordem, além dos filhos do presidente, estão os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que também receberam a Ordem de Rio Branco.
Classe política
Bolsonaro afirmou, na segunda-feira (20), que “o grande problema do Brasil é a classe política”. Em discurso na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), ele repetiu conceitos da mensagem que compartilhou pelo WhatsApp na sexta-feira (17), segundo a qual o País “é ingovernável” sem os “conchavos” que ele se recusa a fazer. O texto ainda acusava “corporações” de boicotar o seu governo.
“O Brasil é um País maravilhoso, que tem tudo para dar certo. Mas o grande problema é a nossa classe política”, disse ele, ao pedir o apoio do governador do RJ e do prefeito da capital fluminense, Wilson Witzel (PSC) e Marcelo Crivella (PRB), respectivamente. “É nós Witzel, é nós Crivella, sou eu, Bolsonaro, é o Parlamento, em grande parte, é a Câmara Municipal, é a Assembleia Legislativa. Nós temos que mudar isso.”