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Geral Declarações ambíguas e críticas a Temer pelos caciques do PSDB irritaram o Palácio do Planalto e o presidente tentará enquadrar o PSDB

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O peemedebista foi denunciado na segunda-feira pelo crime de corrupção passiva e deve sofrer, nos próximos dias, nova acusação formal. (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente Michel Temer (PMDB) colocou o enquadramento do aliado PSDB como prioridade de sua agenda política quando voltar para Brasília de seu giro europeu. Os sinais de alerta do Planalto começaram a soar na semana passada, quando logo após a confirmação algo titubeante de que o seu principal parceiro de governo ficaria no barco, caciques tucanos passaram a dar declarações ambíguas e críticas a Temer.

A principal veio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que sugeriu que Temer deveria convocar eleições antecipadas. Como o decano do tucanato havia participado ativamente do movimento para não romper com Temer, houve um misto de incredulidade e irritação no Planalto. Outros líderes do partido, como o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), foram ainda mais ácidos sobre o apoio mantido ao governo.

A derrota do relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado foi outro ponto nevrálgico, já que fez crescer o temor no mercado e empresariado que ainda apoiam Temer de que ele não fará avançar sua agenda no Congresso. Se aqui houve dedo da ala Renan Calheiros do PMDB, o voto contrário do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) foi visto como surpresa. Pior: ele ocorreu enquanto o líder tucano na Casa, Paulo Bauer (SC), integrava a comitiva de Temer que visitou Moscou, dando a impressão vocalizada por Tasso de que o governo está perdendo controle em horas vitais.

O maior problema para Temer é que o desejado enquadramento dos aliados não será fácil. O PSD contribuiu com dois votos contra no caso da reforma trabalhista. E a bancada tucana da Câmara está dividida, com a ala jovem protestando abertamente contra o apoio ao Planalto.

E isso leva a um temor secundário, mas principal no fundo: de que o PSDB não vote unido com suas 46 cabeças quando a denúncia contra Temer pela Procuradoria-Geral da República chegar para análise na Câmara.

Para completar o azedume governista, a viagem à Rússia foi esvaziada pelos fatos da crise no Brasil. A etapa em Oslo, que começa nesta quinta (22), ainda traz o agravante de embutir uma agenda ambiental espinhosa.

Demissões e retaliações

Dois aliados do senador Hélio José (PMDB-DF) foram demitidos dos cargos para os quais foram indicados no Executivo na quarta-feira (21) porque ele votou contra o governo neste colegiado. Ao mesmo tempo, ministros de Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem sinalizado que o PSDB deveria entregar os cargos que possuem na gestão e liberar o espaço para novos aliados. Assim, seria possível tentar compor uma nova base congressual.

As demissões dos apadrinhados de Hélio José – o diretor de Planejamento da Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste, Vicente Ferreira, e o superintendente do Patrimônio da União no Distrito Federal, Francisco Nilo – foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Foi contra ele que o senador disparou suas principais críticas. Disse que o ministro estava o perseguindo e afirmou que o Governo virou um balcão de negócios. “Esse Governo está podre. Esse Governo corrupto deveria ter vergonha na cara e renunciar”, afirmou o peemedebista. No ano passado, o parlamentar dissera que, se quisesse, poderia indicar até uma “melancia” para a administração federal.

Nesse primeiro momento, apenas Hélio José foi retaliado pela gestão federal. Outros dois senadores que são de partidos aliados de Temer e votaram contra a reforma, Otto Alencar (PSD-BA) e Eduardo Amorim (PSDB-SE), nada sofreram. Alencar diz que não tem cargos no governo e que, apesar de seu partido ser governista, costuma votar contra as propostas de Temer. Já Amorim, afirma que segue sua agenda regular e que não perdeu nenhum cargo.

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