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Mundo Donald Trump lançou um novo programa de mísseis que prevê drones com lasers e armas no espaço

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Donald Trump lamentou que os países estejam avançando "muito lentamente". (Foto: Reprodução)

Com tecnologias que hoje não existem, como drones municiados por lasers e armas instaladas no espaço, os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (17) o seu novo programa de mísseis. A estratégia, que também prevê a capacidade de atacar adversários e evoca o fracassado projeto Guerra nas Estrelas, concebido no governo Reagan, ambiciona, segundo o presidente americano Donald Trump, tornar os Estados Unidos imunes a qualquer míssil:

“Nosso objetivo é simples: garantir que possamos detectar e destruir qualquer míssil lançado contra os Estados Unidos, em qualquer lugar, a qualquer hora, em toda parte”, afirmou Trump durante o lançamento do relatório, em um discurso de tom desafiador. “Não é o suficiente manter-nos a par com nossos adversários. Devemos superá-los a cada instante.”

O texto do documento tem contrastes com as afirmações de Trump na coletiva de imprensa e é considerado mais modesto do que a retórica presidencial. O anúncio da política foi adiado várias vezes, sendo atrasado por quase nove meses. A demora sugere que houve pontos significativos de discordância na formulação política, incluindo a possibilidade de a publicação atrapalhar negociações diplomáticas com a Coreia do Norte.

A estratégia, que se baseia em seis eixos, emprega uma “combinação entre [a teoria da] dissuasão, mísseis de defesa e de ataque e a capacidade de atacar mísseis ofensivos antes de seu lançamento”, conforme descrito em sua apresentação. A teoria da intimidação ou da dissuasão é uma estratégia na qual um governo ameaça uma forte retaliação caso seja atacado, de modo que os agressores são intimidados e evitam ações agressivas.

Na coletiva, Trump concentrou seu discurso sobretudo no projeto de interceptar artefatos balísticos durante a decolagem, a despeito de qualquer barreira geográfica. O documento inclui a possibilidade de destruir mísseis de cruzeiro e mísseis hipersônicos, que conseguem voar a velocidades extraordinariamente rápidas e seguir rotas imprevisíveis.

O lançamento de um míssil intercontinental demora de três a cinco minutos, período ainda menor para um míssil de médio alcance. Isto significa que as armas de interceptação, capazes de alcançar os artefatos balísticos enquanto ainda decolam, devem ficar muito próximas à base adversária, o que explica o interesse por dispositivos de defesa situados fora da Terra.

Custo astronômico

Um dos problemas desta estratégia é o seu custo extraordinariamente alto. De acordo com um estudo encomendado pelo Congresso Americano à Academia de Ciências e Engenharia americana em 2012, um sistema de defesa baseado no espaço tem custo 10 vezes superior a qualquer alternativa terrestre. De acordo com a pesquisa, um sistema “austero” ou simples para prevenção de mísseis norte-coreanos custaria no mínimo US$ 300 bilhões.

Segundo Laura Grego, especialista em defesa da União de Cientistas Preocupados, estes custos são inviáveis, sobretudo em escala global:

“Temos que ver como a retórica se traduz em ações reais”, disse. “Um escudo global é tecnicamente inviável.”

A política cita mais de 20 países como possuidores de mísseis de longo alcance, sem especificar quais. Dos países que detêm este tipo de armamento, só China, Rússia e Coreia do Norte podem ser considerados rivais americanos.

A Coreia do Norte aparece como um dos principais motivos para a expansão do arsenal balístico americano, apesar de permanecer em negociações diplomáticas com os Estados Unidos — nesta sexta-feira (18), um dos principais dirigentes do país, Kim Yong-chol, deve chegar a Washington, para discutir um segundo encontro entre Kim Jong-un e Trump.

O texto do documento diz que “enquanto há um possível novo caminho para a paz com a Coreia do Norte, o país continua a representar uma ameaça extraordinária e os EUA devem ficar vigilantes”.

O Irã também é citado como uma das principais ameaças aos EUA, que mencionam a possibilidade de que o país pérsico desenvolva um míssil intercontinental, por meio da adaptação de tecnologias usadas em seu programa espacial. Na quarta-feira, o país pérsico tentou pôr um satélite em órbita, mas fracassou durante o voo, porque o veículo que conduziria o dispositivo não alcançou a velocidade requerida.

Rússia e China são descritos como países que estão “aprimorando seus sistemas de mísseis ofensivos e desenvolvendo mísseis de cruzeiro lançados por via terrestre e aérea, assim como tecnologias hipersônicas”.

O documento também prevê a venda de mísseis para aliados americanos. Trump enfatizou na coletiva que uma das prioridades do programa é fazer com que aliados americanos na Otan gastem mais com Defesa:

“Vamos priorizar a venda de nossos mísseis, os melhores do mundo, para nossos aliados”, disse o presidente. “Esta é uma nova era em nosso programa de mísseis.”

 

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