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Celebridades Em autoavaliação, Brad Pitt fala de dores e de fazer menos filmes

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Pitt deve interpretar o papel principal do longa, cujo lançamento está previsto para 2025. (Foto: Reprodução)

Brad Pitt já interpretou bom número de personagens estoicos, incluindo dois apenas neste ano: Cliff Booth, o dublê que acompanhamos no sucesso Era Uma Vez em… Hollywood, e Roy McBride, um astronauta designado para postos solitários da galáxia no futuro lançamento Ad Astra – Rumo às Estrelas, que tem data de estreia prevista para 26 de setembro.

Mesmo depois de comprovar a capacidade de interpretar personagens mais loquazes, como em Os 12 Macacos e Snatch – Porcos e Diamantes, Pitt parece mais fascinante quando tem algo guardado. “Cresci em meio a uma mentalidade de autonomia e força, sem nunca demonstrar fraqueza”, disse Pitt. Foi criado no Missouri, o mais velho de três irmãos, filhos do dono de uma empresa de frete rodoviário. “Meu pai cresceu na pobreza, uma vida muito dura, e sempre foi determinado a me dar circunstâncias melhores do que as dele – e conseguiu. Mas era do tipo estoico.”

Esse traço foi bem aproveitado por Pitt nas telas, e o ator tem pensado muito a respeito da pessoa que se tornou. “Sou grato à ênfase na independência e humildade, mas acredito que fez falta um componente de autoavaliação”, afirmou ele.

Pitt e o roteirista e diretor de Ad Astra, James Gray, são amigos há mais de duas décadas, desde o momento em que o ator viu o trabalho de estreia do diretor, a história policial de baixo orçamento Little Odessa (1995). Na época, Pitt disse ter sentido que Gray seria capaz de tirar dele algo novo. “Ele tinha um toque dos anos 70, como os filmes à base dos quais fui criado”, contou Pitt. “Havia algo de bruto, uma violência. E me pareceu alguém com foco em histórias masculinas.”

Se Pitt parece mais reservado e meditativo em pessoa do que o esperado, o mesmo se pode dizer de Ad Astra. É claro que há notáveis sequências de ação enquanto o personagem de Pitt vasculha a galáxia em busca do pai, um astronauta perdido (Tommy Lee Jones). Mas Ad Astra se mostra mais preocupado com avida interior do protagonista doque coma magnífica paisagem de estrelas do lado de fora da nave, com longos trechos mostrando apenas Pitt, cuja narração em off pondera as questões profundas da vida.

“Fazemos perguntas do tipo, ‘qual é o sentido de tudo?’ e ‘por que estamos aqui?’ É um pouco como um campo minado, pois são muitas as armadilhas”, avaliou o ator. Mas a solidão do personagem o atraiu: “Queríamos investigar a incapacidade de se conectar com os outros, e os mecanismos de autoproteção que construímos e nos impedem de falar das coisas abertamente”.

Essa abertura é algo que cada vez mais ocupa os pensamentos de Pitt. Trata-se de uma qualidade que os homens adquirem com dificuldade, e ninguém o criticaria se ele preferisse manter isoladas algumas partes de si. “Mas entendo que, para o meu estilo de atuação, o melhor é chegar a um lugar de verdade absoluta”, indica Pitt. “Para que o público leia algo real na minha interpretação, preciso vivenciar algo real para mim.”

No início de 2017, quando Pitt se comprometeu a estrelar Ad Astra, o ator ainda sentia os ecos da separação de Angelina Jolie, com quem teve seis filhos. “Certamente, ele usou os impulsos que a vida lhe dava”, recordou Gray. “Não me envolvi pessoalmente com esse lado da questão, mas ele investigou a essência do personagem por meio de suas vivências.” Será que Ad Astra foi uma forma de trabalhar a solidão? “O fato é que todos carregamos dores, pesares e perdas”, confessou Brad Pitt. “Passamos a maior parte do tempo ocultando isso, mas está ali, em nós. Então, começamos a abrir essas caixas.”

Foi dito que a gota d’água no relacionamento de 11 anos de Pitt e Angelina teria ocorrido em setembro de 2016, quando eles brigaram por causa do consumo de álcool dele. Agora, Pitt tem um compromisso com a sobriedade. “Levei as coisas até o limite e, depois, tive de cancelar meu direto à bebida”, revelou ele. Pitt passou um ano e meio nos alcoólatras anônimos.

De acordo com Gray, o ego de Pitt tem pouco a ver com a escolha dos papéis. “Ele sempre pede menos exposição e menos falas”, contou Gray. “Não acho que Brad goste de ser o centro das atenções, é preciso empurrá-lo nessa direção.” Nas palavras de Pitt, os papéis de coadjuvante dão certo alívio: ele ocupa o centro da atenção mundial desde o seu primeiro papel de sucesso, em Thelma & Louise (1991), sem precisar disso constantemente no seu trabalho.

Ele não se mostra muito entusiasmado com o futuro do entretenimento nas telonas na era do streaming. “Tenho curiosidade de ver se os filmes vão durar.” Mas o ator sabe que não será o astro de um número tão grande de títulos. “Para mim, serão cada vez menos filmes, agora há outras coisas que quero fazer”, concluiu Pitt, cujos interesses incluem escultura e paisagismo. “Quando temos a sensação de finalmente envolver algo com os braços, é hora de procurar outra coisa para envolver no abraço.”

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