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Acontece Executivo gaúcho, Ricardo Lugris, conta em livro viagem de buscas e fugas

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Livro traz o relato do ex-executivo da Embraer que se despede de um emprego de 32 anos e faz uma viagem de moto, durante seis meses, por 35 mil quilômetros. (Foto: divulgação)

O executivo gaúcho Ricardo Lugris cometeu duas façanhas em pouco tempo: percorreu de moto mais de 35 mil quilômetros e depois conseguiu escrever sobre o que viveu. Aventureiros geralmente ficam pela metade. Tiram o máximo proveito do que viveram, o que já basta, mas raramente conseguem compartilhar a experiência em relatos escritos. Lugris é do time dos narradores de folego, que refletem sobre a epopeia em nível comparável ao dos grandes contadores de viagens únicas.

A aventura de seis meses está no livro “Tempo em Equilíbrio – entre Paris e Singapura” (Editora Fontenele, 296 páginas), que será lançado dia 9 de janeiro no Dado Bier, Av. Túlio de Rose, 80 – Jardim Europa, Porto Alegre. Também haverá lançamento nas cidades de Bagé, São José dos Campos (SP)  e São Paulo (SP). É mais do que um diário de viagem. É também uma reflexão sobre o impulso que leva alguém, depois de se despedir de um emprego de 32 anos, a pegar a estrada e enfrentar todas as consequências da sua decisão diante dos espantos provocados por gente estranha, paisagens, imprevistos, sustos e encantamentos.

Lugris e sua BMW 1200 GS Adventure viajaram os 35 mil quilômetros entre a França, onde mora, e Singapura, sempre sob o comando de um questionamento que ele apresenta logo no início do livro, inspirado numa indagação de Erico Verissimo: viajamos para buscar ou para fugir? O relato mostra que viajar pode ser também um desejo secreto de poder contar depois o que foi visto e vivido em fugas e procuras.

Ricardo Lugris é gaúcho de Bagé, tem 59 anos, trabalhou inicialmente no setor de exportação da indústria Eberle e desde 1983 era executivo da Embraer. Em 2015, morando na França há mais de duas décadas, decidiu sair da empresa, onde vendia aviões para vários países. Hoje, mora em Chantilly, França, e é vice- presidente de marketing  de uma empresa internacional de leasing.

O livro é resultado da deliberação tomada quando sai da Embraer e entende que pode fazer finalmente o que havia visto aos 12 anos, em Bagé, quando um aventureiro inglês passou pela cidade montado em uma BMW preta. A memória daquele motociclista anônimo faz com que, nos encontros inesperados que tem, seu olhar oriente a preferência pela conversa com desconhecidos, amparado pela sua fluência em seis idiomas, e sobretudo com as crianças que o cercam por onde passa.

O texto de Lugris, com detalhes de contemplações, de incidentes e até da manutenção da própria moto, leva aos questionamentos clássicos dos aventureiros. O primeiro é o que trata da vitória sobre a mais ameaçadora das indecisões, quando “o maior risco é o de não conseguir partir”, como diz na apresentação, citando Amyr Klink. E o segundo é o da dúvida sobre o tamanho das mudanças produzidas em si mesmo por uma viagem como essa.

Mesmo que não tenha sido sua primeira viagem longa (antes, já havia percorrido quase uma centena de países), esta é a que merece um relato esmiuçado, do começo ao fim. A viagem contada no livro tem a particularidade de ter sido a maior em distância e em duração de tempo, e aconteceu em um importante momento de reflexão da sua vida. Lugris afirma: “Estou cabalmente convencido de que, após percorrer os quilômetros iniciais desta longa viagem, já não mais serei o mesmo homem, assim como esse homem hoje deixou de ser aquele menino sonhador do sul do Brasil”.

O gaúcho se descreve como o executivo que, em algum momento, é desafiado pela sua porção de “vagabundo, errante, andarilho”, que enfrentou desertos e a solidão da mítica rota Transiberiana. Desfrutou da simpatia e da solidariedade de povos que não imaginava conhecer (no Cazaquistão, na Rússia, na Mongólia, no Japão, no Camboja, e em mais de uma dúzia de países). Fez amizades com outros motociclistas ao longo da viagem e retornou disposto a contar o que viu. Livre do terno e da gravata, Lugris descobriu-se como vagabundo e, na volta, como um escritor maduro e surpreendente.

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