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Mundo Um homem invadiu um supermercado no interior da França e matou duas pessoas a tiros, antes de ser morto pela polícia

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O atirador alegou pertencer ao grupo terrorista Estado Islâmico. (Foto: Reprodução)

Ao menos três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas (duas delas em estado crítico) nessa sexta-feira, no Sul da França, em um atentado reivindicado pelo grupo Estado Islâmico e executado por um homem que acabou abatido pelas forças de segurança. Ele ficou entrincheirado durante várias horas em um supermercado, fazendo reféns.

“Nosso país sofreu um ataque terrorista islâmico”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, após uma reunião de crise. O autor do ataque, cometido em várias etapas entre as cidades de Carcassonne e Trèbes, foi identificado como Radouane Lakdim, um cidadão francês de 25 anos nascido no Marrocos (África). Ele teria atuado sozinho e era conhecido por “pequenos atos de delinquência”, informou o ministro do Interior, Gérard Collomb.

O agressor disse estar “disposto a morrer pela Síria” e durante os ataques pediu “a libertação de irmãos”, em referência a outros extremistas. Dentre os nomes que citou estava o de Salah Abdeslam, único membro ainda vivo dos comandos que executaram os ataques de 13 de novembro de 2015 em Paris, e que está preso na capital francesa.

O grupo extremista Estado Islâmico rapidamente reivindicou o ataque por meio de sua agência de propaganda Amaq.
“O homem é um soldado de Alá e atuou em resposta a uma convocação para agir contra os países-membros da coalizão internacional contra o grupo no Iraque e na Síria”, frisou em postagem na rede social Telegram. A França participa da coalizão militar internacional que intervém na Síria e no Iraque contra o Estado Islâmico.

Vigiado por contactar pessoas ativas na Internet da esfera extremista, Radouane Lakdim esteve na prisão por crimes comuns, ainda não especificados. Em sua saída, voltou a ser vigiado, mas não mostrou sinais “que pudessem prever um passo à ação terrorista”, assinalou um representante do governo em coletiva de imprensa. Uma companheira de Lakdim também foi detida no fim da tarde.

Rastro de mortes

O agressor executou o massacre em um violento percurso que culminou na tomada de reféns no supermercado. Primeiro, ele roubou um automóvel em Carcassonne, matando o passageiro e ferindo o motorista. Um pouco mais adiante, disparou e feriu levemente um policial que voltava de uma corrida com outros agentes perto de um quartel.

Alguns minutos mais tarde, por volta das 11h, ele finalmente entrou no supermercado de Trèbes, onde matou um funcionário e um cliente do estabelecimento, onde havia cerca de 50 pessoas na ocasião. Quando os policiais chegaram, o tenente-coronel Arnaud Beltrame, de 45 anos, ofereceu-se como refém em troca da libertação de civis. Ele deixou o seu telefone aberto sobre uma mesa, permitindo que seus colegas ouvissem o que acontecia dentro do local.

Quando o relógio marcava quase 14h30min, o marroquino disparou contra o militar, atingindo-o duas vezes. Foi nesse momento que as forças especiais intervieram. Durante a operação, mais dois gendarmes ficaram feridos.
Christian Guibbert, um policial aposentado, contou ter visto “um indivíduo muito exaltado” e que tinha uma pistola, uma faca e que gritava “Allahu Akbar!” [“Alá é grande”, em árabe]”.

“Eu estava a cinco metros”, contou um segurança do supermercado, que preferiu se manter no anonimato. “Ele disparou contra mim duas vezes, mas atirava mal”, detalhou. Um balanço mais recente do atentado informou que Arnaud Beltrame estava entre a vida e a morte na noite dessa sexta-feira.

País em alerta

A França continua em alerta depois de uma série de atentados, desde o ataque contra a sede do jornal satírico “Charlie Hebdo”, cometido em janeiro de 2015 e que deixou 12 mortos. A onda de atentados deixou um total de 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. Vários desses ataques ou tentativas tiveram como alvos militares e policiais.

As autoridades temem novos atentados, apesar do aumento das medidas de segurança instauradas pelo governo, cujo sinal mais visível é a mobilização de 10 mil militares em ruas, estações e locais turísticos. O ataque anterior reivindicado na França pelo EI ocorreu em Marselha, em 1º de outubro. Nesse dia, um tunisiano de 29 anos, Ahmed Hanachi, matou dois jovens na estação Saint-Charles, antes de ser abatido por militares.

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https://www.osul.com.br/homem-armado-faz-refens-e-mata-pessoas-em-um-supermercado-no-sul-da-franca/ Um homem invadiu um supermercado no interior da França e matou duas pessoas a tiros, antes de ser morto pela polícia 2018-03-23
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