Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2017
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a equipe econômica anuncia ainda nesta terça-feira (15) uma meta de deficit de R$ 159 bilhões para este ano e o próximo.
De acordo com o peemedebista, para chegar a este número, o Palácio do Planalto decidiu cortar 60 mil cargos públicos. “O governo está cortando 60 mil cargos públicos e uma série de outras medidas”, afirmou.
Depois de uma série de impasses, o anúncio da nova meta deve acontecer na noite desta terça.
“Esse ano será fixado em R$159 bilhões e no próximo ano em R$ 159 bilhões”, disse Jucá sobre a meta fiscal. Anteriormente, o governo havia fixado um deficit de R$ 139 bilhões para 2017.
Jucá descartou ainda a possibilidade de aumento de impostos. “Não vão ter novos impostos. O esforço foi exatamente de não criar novos impostos para não onerar a população”, disse. “Está descartado todo novo imposto que seja votado este ano para valer no próximo ano.”
De acordo com o líder do governo, o gesto de corte de cargos é “exatamente para dar o exemplo e cortar na carne”.
Planalto teria batido martelo, diz jornal
O governo teria batido o martelo e confirmado as metas fiscais de 2017 e de 2018 num déficit primário de R$ 159 bilhões. Os números devem anunciados ainda nesta terça-feira pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. A informação é do jornal o Globo, que também relatou o anúncio adiantado de Jucá, que afirmou ainda que não haverá aumento de imposto.
“Está descartado qualquer novo imposto a ser votado esse ano para valer para o ano que vem, nada de imposto de renda, de volta de CPMF , nada disso está na pauta”, disse Jucá.
Junto da revisão, o governo vai anunciar as medidas que serão adotadas para garantir o cumprimento do resultado. Embora o rombo tenha aumentado nos dois anos, o governo ainda vai precisar reduzir gastos e aumentar receitas para conseguir fechar as contas. Entre as ações estão medidas de redução de despesas com funcionalismo público e de reforço nas receitas.
Em meio à discussão que precedeu o anúncio do governo, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) aprovou um projeto de lei que torna crime de responsabilidade alterar a meta fiscal. A proposta tramita em caráter de urgência e ainda deve passar pelos plenários da Câmara e do Senado.Se o projeto passar, o Presidente da República e os ministros envolvidos na definição das metas serão acusados de crime de responsabilidade no caso de mudança nos números.
Na segunda-feira (14), o anúncio da meta já havia sido adiado por falta de consenso entre o governo e a ala política, que queria que o deficit fosse ampliado para R$ 170 bilhões. Apesar disso, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), e o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), se posicionaram nesta terça-feira (15)contra uma mudança maior no déficit da meta fiscal pelo governo. Eunício foi mais contundente e negou que a pressão por uma meta maior esteja sendo feita pela classe política. Ele acusou a equipe econômica de estar querendo colocar “na conta dos políticos” uma meta maior. (Folhapress/AG)