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Brasil Militares e policiais federais fazem operação na Rocinha pela primeira vez desde o início da intervenção no Rio de Janeiro

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Militares em uma das entradas da comunidade da Rocinha neste sábado. (Foto: Reprodução de TV)

As Forças Armadas, a PF (Polícia Federal) e as polícias do Rio de Janeiro iniciaram uma operação para ocupar a Rocinha e outras três favelas da zona sul da capital fluminense, na manhã deste sábado (09). Militares e policiais foram recebidos a tiros na chegada à Rocinha. Até 8h, três pessoas haviam sido presas e levadas para a 11ªDP, em frente à comunidade.

Esta é a primeira vez desde o início da intervenção federal no Rio, em fevereiro deste ano, que as Forças Armadas são mobilizadas para atuar na Rocinha – considerada uma área altamente instável e que vem registrando tiroteios frequentes desde 2017. Segundo o Comando Conjunto da intervenção, além da Rocinha, a operação deste sábado abrange as favelas do Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade.

Por volta das 6h, os soldados e os policiais entraram nas favelas com o apoio de blindados de transporte de tropas e de helicópteros. A ação provocou o fechamento de vias na região, entre elas a estrada Lagoa-Barra, uma das mais importantes do Rio. Ao ver a chegada dos policiais, traficantes do Comando Vermelho soltaram fogos de artifício para avisar os colegas sobre a operação e dispararam do alto do morro contra a polícia. A resistência durou apenas alguns minutos, e os tiros pararam.

O objetivo da ação é prender procurados, derrubar barricadas erguidas pelo tráfico e revistar pedestres e veículos. Pela primeira vez, policiais federais participam da operação. Eles cumprem mandados relacionados a investigações federais e não estão subordinados ao Comando Conjunto da intervenção.

A intervenção não divulgou o número de agentes que participam da operação, mas afirmou que a ação ocorre de forma articulada à ocupação da favela da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, iniciada na última quinta-feira (07). Segundo o Comando Conjunto, o efetivo total de ambas as operações é de 4.600 militares e mais de 700 policiais.

A ação também ocorre simultaneamente a um mutirão de ações sociais promovido pelo Gabinete de Intervenção Federal no bairro da Praça Seca, no qual militares oferecem serviços como atendimento médico e odontológico, confecção de documentos e orientação jurídica, entre outros.

Esta também é a primeira vez que a intervenção coloca em prática em um mesmo dia todas as vertentes da estratégia de operações de “amplo espectro” – ou seja, ações de força armada em determinados pontos da cidade e ao mesmo tempo iniciativas sociais para ganhar a confiança da população em outra região.

Conflitos na Rocinha

No ano passado, a favela da Rocinha foi palco de uma guerra de facções criminosas que resultou em ocupações das Forças Armadas e um reforço permanente de tropas especiais da Polícia Militar. A onda de conflitos começou em 17 de setembro de 2017, quando criminosos leais ao ex-chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), tentaram retomar a favela, que vinha sendo controlada por um ex-aliado do criminoso, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.

As Forças Armadas ocuparam toda a região e lá permaneceram por uma semana, com base em um então recém assinado decreto federal de Garantia da Lei e da Ordem, que permite o uso de militares em operações de segurança pública e ainda está em vigor. Os militares ainda voltaram à região em outras ocasiões no ano passado a fim de cercar a favela para que policiais tentassem prender foragidos da Justiça.

 

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