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Brasil O Ministério da Defesa trata como falha grave de procedimento o embarque de 39 quilos de cocaína em um avião da FAB

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Ministro e chefes de tropas tentam amenizar crise. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O sentimento no gabinete do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, é de que houve uma falha grave da Aeronáutica nos procedimentos que permitiram ao segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, desembarcar com 39 quilos de cocaína na Espanha, dentro de uma missão relacionada a uma viagem oficial do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A Defesa acredita que Rodrigues não passou por nenhum equipamento de raio-x na Base Aérea em Brasília. Além disso, o gabinete do ministro entende que bagagens deveriam ter sido verificadas, diante de indícios de excesso de peso. Em razão da pressão e da forte repercussão do caso, inclusive internacional, tanto o ministro da Defesa quanto a Aeronáutica convocaram uma entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira. A quase totalidade das perguntas dos jornalistas ficou sem respostas.

O ministro fez um pronunciamento curto, em que disse que “não vamos admitir criminosos entre nós” e que “houve quebra de confiança”. Já o porta-voz da Aeronáutica, major-aviador Daniel Rodrigues Oliveira, recusou-se a responder se o segundo-sargento pego com cocaína passou por uma inspeção na Base Aérea de Brasília. O porta-voz foi questionado pelo menos sete vezes a respeito desse informação e, mesmo assim, não respondeu, alegando que o IPM (inquérito policial-militar) instaurado é sigiloso.

O constrangimento entre os militares, tanto os que despacham no Ministério da Defesa quanto os da Aeronáutica, é evidente. No ministério, o sentimento descrito é de “traição”, uma vez que Rodrigues teria quebrado a confiança que os militares costumam reiterar. Isto, porém, não impede a avaliação de que uma falha grave ocorreu, diante da grande quantidade de drogas traficada, dentro de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), em uma missão de suporte à viagem de Bolsonaro ao Japão, para participar de reunião da cúpula do G-20, os 20 países mais ricos do mundo.

O IPM precisa ser concluído em 40 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 20 dias. A Aeronáutica colocou o inquérito para tramitar sob sigilo, embora o ministro da Defesa tenha falado em dar transparência aos passos da investigação. Na primeira entrevista coletiva sobre o assunto, a regra foi o silêncio para a grande maioria das perguntas.

Rodrigues atuava como comissário de bordo em voos oficiais da Aeronáutica e já esteve em missões dos presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e Bolsonaro. Segundo fontes do Ministério da Defesa, a tripulação de voos oficiais, mesmo aqueles que dão suporte a missões presidenciais, não costuma passar por equipamentos de raios-x. Esta obrigação existe para quem embarca no avião que transporta o presidente da República, segundo essas fontes.

O segundo-sargento da Aeronáutica está preso no Centro Penitenciário Sevilha 1. Divide com um outro preso uma cela de 18 metros quadrados, sem televisão. Já teve banho de sol e recebe quatro refeições diárias. No presídio estão cerca de 1,3 mil detentos de menor periculosidade. Segundo as informações da polícia espanhola, ele foi flagrado com 37 pacotes de cocaína, ao passar pela alfândega do aeroporto em Sevilha, capital da Andaluzia, no sul da Espanha.

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https://www.osul.com.br/ministro-da-defesa-trata-como-falha-grave-de-procedimento-o-embarque-de-39-quilos-de-cocaina-em-um-aviao-da-fab/ O Ministério da Defesa trata como falha grave de procedimento o embarque de 39 quilos de cocaína em um avião da FAB 2019-06-27
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