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Brasil O gaúcho Miguel Proença é nomeado presidente da Funarte

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O pianista tem 55 anos de carreira, renome internacional e já foi premiado pela Unesco. (Foto: Beti Niemeyer/Divulgação)

A Funarte (Fundação Nacional de Artes) recebeu seu novo presidente, Miguel Proença, no último dia 15, data em que foi publicada sua nomeação. Com novas ideias para a instituição, o pianista – com 55 anos de carreira, de renome internacional e premiado pela Unesco – foi diretor artístico do Teatro do SESI, no Rio Grande do Sul, secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, além de ter dirigido a Sala Cecília Meirelles e a Escola de Música Villa-Lobos.

Sou um inquieto, que trabalha com impulso criativo, essencialmente”, diz o presidente. Empolgado, ele já pediu que um dos pianos da Funarte seja colocado em seu gabinete. “Quero tocar depois do trabalho e, com isso, já criar um ambiente de arte na própria sede da instituição”, comenta.

A principal estratégia de Proença é espalhar ações da Fundação por todas as regiões do País, por meio de parcerias com agentes culturais de várias áreas artísticas. “Pretendo criar uma grande corrente de participação, incluindo na equipe realizadores que produziram experiências artísticas vitoriosas em suas regiões. Eles trabalharão nas representações da Funarte ou em suas cidades de origem.

Para o gestor, esse plano tem condições de levar a Funarte a todo o Brasil – presença essa que faz parte da missão da entidade. “Nesse programa, a Fundação deve ser, antes de tudo, uma fonte geradora de novas possibilidades para essas programações de sucesso. Deve ter um papel de direção artística”. Proença cita alguns dos futuros colaboradores: “A diretora do Teatro da Paz, em Belém do Pará, Glória Caputo; Maria das Graças Neves, em Vitória (ES) – que sempre foi uma grande animadora cultural; Em São Paulo, Lilian Barreto, que foi diretora do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Sala Cecília Meireles e idealizadora do Concurso Internacional de Piano do Bndes, entre outros nomes”. A ideia é que haja um excelente produtor como diretor artístico da Funarte, em cada região do país, em todos os estados onde for possível. “Promoveremos uma grande união de todos esses animadores culturais e isso será muito importante”, anuncia o presidente.

Essa presença nacional da Fundação deve ter como foco essencial o público. “Ele é meu alvo e sempre foi. Isso me guia. É importante formá-lo, conquistá-lo e mantê-lo”, define. Nesse sentido, seus planos também incluem ações educativas para crianças e jovens – como concertos didáticos e visitas guiadas a mostras de artes plásticas e audiovisuais – entre outras. “Nelas, os jovens vão aprender tudo sobre o que vão ver”, destaca Proença, citando sua experiência nos concertos didáticos que instituiu na Sala Cecília Meireles (que, segundo tanto emocionaram crianças e adolescentes).

Pretendo fazer o projeto Cine Paradiso – Guerra ao Tablet, ou algo assim, com os mais belos filmes para jovens, para aproximá-los da arte, afastando-os um pouco do excesso de uso dos celulares e outros dispositivos digitais”, acrescenta. Ele planeja, ainda, que a Funarte desenvolva propostas com grupos de arte de comunidades carentes. O objetivo é a inclusão social e a qualificação de artistas com grandes talentos. “Já fizemos isso na Sala Cecília Meireles, unindo música erudita e popular”, reforça.

Na música, quero que o Brasil não fique mais de costas para os outros países da América Latina. Os músicos vão muito para a Europa. Onde está nossa América, que tem tantos talentos? Quero que a Funarte faça essa união, a partir da XXIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea [2019], com apresentações especiais, com obras de compositores e intérpretes de outros países” propõe o presidente.

Nascido em Quaraí (RS), em 1939, Miguel Angelo Oronoz Proença é doutor pela Escola Superior de Música de Hannover. Lecionou no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e ocupou o cargo de professor convidado da Universidade de Música de Karlsruhe (Alemanha). Como pianista de concerto de repertório amplo, atuou como camerista e solista, em todo o Brasil e em vários países estrangeiros.

Nos anos 1970, coordenou a Sala Funarte. Em 1979, participou de uma caravana de música erudita e popular do Projeto Pixinguinha, da Fundação, ao lado da soprano Maria Lúcia Lucia Godoy e do sexteto Viva Voz, com repertório nacional de concerto e popular. Gravou diversos discos, incluindo a coletânea Piano Brasileiro (2005) – prêmio Patrimônio da Música Brasileira da Unesco (ONU) –, e o CD Tango, gravado com Bibi Ferreira (2006). Gravou peças Villa Lobos, de cuja obra para piano é considerado um dos maiores intérpretes, e de Alberto Nepomuceno, entre outros compositores.

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