Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2019
O governo pretende ampliar o número de voos entre Brasil e Argentina previsto no acordo bilateral de “céus abertos”, que estabelece as regras e número de voos entre dois países. Segundo informou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, atualmente a rota está com todas as frequências ocupadas. Para o ministro, há demanda por mais voos entre os dois países. As informações são do portal de notícias G1 e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
“A gente tem uma saturação de voos para a Argentina. Precisamos abrir espaço porque o acordo hoje com a Argentina é muito antigo. Estamos trabalhando para modernizar esse acordo e liberar mais voos”, disse.
O acordo está sendo negociado entre a Anac e a agência reguladora do setor aéreo argentino. O ministro afirmou que espera que a negociação seja concluída ainda em 2019.
O acordo bilateral entre Brasil e Argentina prevê 133 frequências semanais – ida e volta – para cada um dos países. Segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), todas as frequências estão sendo usadas.
Com todas as frequências ocupadas, as empresas não podem solicitar voos para rotas que estão incluídas no acordo bilateral, explicou a agência reguladora brasileira. Assim, não há como uma empresa oferecer um novo voo entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, por exemplo.
Novos voos só podem ser ofertados em rotas que não fazem parte do acordo bilateral. Essas ofertas são possíveis graças ao Acordo de Fortaleza.
Esse acordo foi negociado em 1996 e permite voos em rotas diferentes das rotas regionais efetivamente operadas nos termos dos acordos bilaterais entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Número de decolagens
O Anuário do Transporte Aéreo, divulgado na terça-feira (20) pela Anac, traz dados que mostram crescimento do mercado brasileiro referente ao número de decolagens em 2018, após cinco anos seguidos de queda. No ano passado, foram realizados 967 mil voos regulares e não regulares no mercado doméstico e internacional, alta de 2,8% em relação aos números apurados de janeiro a dezembro de 2017.
Dentro do país, a alta no número de decolagens foi de 1,3%, quando foram registrados aproximadamente 816 mil voos. As operações para os destinos internacionais tiveram crescimento de 12% no ano passado, totalizando 151 mil decolagens.
A quantidade de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras em voos domésticos e internacionais foi outro indicador com crescimento em 2018. No acumulado do ano, mais de 93 milhões de passageiros foram transportados no modal aéreo doméstico, representando alta de 3,3% em relação ao mesmo período de 2017. Vinte e quatro milhões de passageiros foram transportados em destinos internacionais, que representou crescimento de 9,6% no ano passado em comparação com o anterior.
O modal aéreo continuou sendo o principal meio de transporte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais. Na comparação com o transporte terrestre, a fatia de passageiros que utilizaram o avião manteve-se praticamente estável, passando de 67,5% em 2007 para 67,3% ano passado. De janeiro a dezembro de 2018, 86 milhões de passageiros viajaram pelo transporte aéreo enquanto 42 milhões (32,5% do total) optaram pelo rodoviário.