Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2019
Desde esta segunda-feira (21), a liderança do PSL na Câmara dos Deputados pertence a Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Logo pela manhã, 29 deputados assinaram um requerimento no qual pediam que o então líder da sigla na Casa, Delegado Waldir (PSL-GO), fosse destituído do posto e que o filho do presidente Jair Bolsonaro fosse nomeado para o cargo.
Após conferência das assinaturas no início da tarde, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara validou 28 rubricas, mais da metade do total de parlamentares que a legenda tem na Casa — 53. Apesar de, na semana passada, o órgão ter validado uma lista com 29 assinaturas em favor de Delegado Waldir, o requerimento pró-Eduardo é o que vale, pois foi apresentado por último.
“À disposição do novo líder”
Ciente da derrota, o ex-líder gravou um vídeo no qual diz aceitar a troca “democraticamente”. “Já estarei à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar para ele toda a liderança do PSL”, disse.
Delegado Waldir também agradeceu aos parlamenteares que confiaram no projeto dele como líder e afirmou não ser subordinado a nenhum governador e a nenhum presidente, mas sim, ao eleitor.
“Vou continuar defendendo todas as prerrogativas do parlamento. Nós não rasgamos a Constituição (Federal) ainda. Nós não rasgamos a Constituição. A Constituição prevê que o Executivo não deve interferir no parlamento em nenhuma ação”, frisou o deputado.
Crise
O partido enfrenta uma crise entre a cúpula do partido e a ala bolsonarista da legenda desde a semana passada. A tentativa de destituir Delegado Waldir (GO), na última quarta-feira (16), culminou na saída de Joice Hasselmann (SP) da liderança do governo no Congresso, em áudios vazados, e também no afastamento de cinco deputados de atividade partidária. Pelas redes sociais, Hasselmann e Eduardo também trocaram farpas, acusações e críticas.