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| Os empregados que pagam INSS precisariam poupar oito milhões de reais para se aposentar como um servidor público

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A partir do ano que vem, a ideia é permitir que os trabalhadores tenham direito a uma nova modalidade de retirada: o "saque aniversário". (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Um trabalhador do setor privado que quiser se aposentar com R$ 39.200 mensais precisa ter acumulado pelo menos R$ 6 milhões, se for homem, ou quase R$ 8 milhões, se for mulher. Esse é o patrimônio extra que um trabalhador do setor privado terá de juntar a fim de conseguir uma aposentadoria equivalente à de um ministro do Supremo, por exemplo.

Com essa poupança financeira e recebendo uma aposentadoria pelo teto do INSS (R$ 5.839,45), seria possível viver com R$ 39.200 por mês durante 20,5 anos (expectativa de sobrevida para homens aos 60 anos) ou, no caso das mulheres, por 28,3 anos (expectativa de vida aos 55 anos).

Esses valores dependem, claro, do rendimento da aplicação em que os recursos estão investidos — da taxa de juros. Neste caso, para simplificar, supôs-se a taxa dos títulos do governo com vencimento em 2045, abatido o IR e descontada a inflação (cerca de 3,05% ao ano). Todos os valores são em termos reais.

Quanto o servidor homem terá contribuído, no final da carreira? Fazendo um cálculo exagerado, a favor do funcionário, suponha-se que ele tenha recebido o salário máximo durante 35 anos de sua carreira, uma hipótese improvável. Supõe-se também que a taxa de juros que corrige seu patrimônio seja igual nos anos de contribuição e nos anos de aposentado. Este servidor improvável teria acumulado R$ 3,655 milhões.

As servidoras acumulariam ao final de 30 anos R$ 2,8 milhões, cerca de um terço do custo de seus benefícios.

No funcionalismo, porém, os salários iniciais são menores e o servidor vai sendo promovido até que se aposente. Quanto maior a diferença entre os ganhos ao longo da carreira e o valor final que vai embasar a aposentadoria, maior também a distância entre o quanto o funcionário contribuiu e o custo da sua previdência, pondera o especialista em cálculos previdenciários Newton Conde.

“Há casos em que, perto do fim da carreira, o servidor recebe promoções mais altas ou incorpora gratificações. Seu salário dá um pulo e sua aposentadoria também.”

Para exemplificar, Conde calculou quanto deveria ter sido a contribuição de dois servidores numa mesma carreira, mas com diferentes variações salariais.

Hipotéticos, os casos usam valores citados em concursos de auditor fiscal. Para acumular montante que custeasse a aposentadoria por 25 anos, o servidor que recebeu promoção alta no final da carreira deveria ter separado todo mês 31,5% de seu salário.

Já o de progressão mais suave precisaria ter poupado 24,3%. Em seus cálculos, Conde usou taxa de juros reais (descontada a inflação) de 4% ao ano, semelhante à usada em avaliações de regimes previdenciários.

As contas desta página servem para estimar o custo relativo de cada aposentadoria (a relação entre benefícios e contribuição): são exercícios contábeis. Na realidade, o sistema previdenciário brasileiro não funciona assim, com contas individuais de poupança. O modelo é de repartição.

Como em um seguro de carro, em que mensalidades de todos socorrem quem sofreu sinistros naquele mês, uma parcela do salário de todos os trabalhadores (públicos e privados) abastece mensalmente os cofres públicos e de lá custeia aposentadorias e benefícios de quem já têm direito a eles.

Outra diferença é que, no sistema brasileiro, a aposentadoria é paga até o final da vida. Não se esgota, como ocorreria com o uso da poupança.

 

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