Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Depois da posição pública das bancadas do MDB e do PT, contrárias à criação de emendas parlamentares no valor de R$ 55 milhões para os deputados estaduais, ontem, foi a vez do PSL também tomar posição. A bancada do PSL na Assembleia gaúcha declarou-se contra a destinação de R$ 55 milhões na proposta orçamentária estadual de 2020, para visa garantir o pagamento de emendas parlamentares de R$ 1 milhão para cada deputado.
Retrocesso, afirma Melo
O deputado Sebastião Melo, do MDB, considera um retrocesso a criação das emendas parlamentares que, segundo ele, “privilegiam os currais eleitorais”. Ele avalia como equivocada a atitude do governo do Estado. E acrescenta: “em um Estado falido, esse tipo de medida é ainda mais descabida”.
A greve dos Correios
A greve com forte viés ideológico deflagrada por parte dos empregados dos Correios se dá no momento em que a sociedade questiona a utilidade do monopólio postal. Porque a sociedade precisa custear uma empresa tão cara para cuidar da área postal, ao invés de entregar a atividade ao livre mercado? A empresa está na mira do processo de privatizações.
Desempenho dos Correios
Depois de quatro anos de prejuízos consecutivos, a empresa de Correios teve lucro de R$ 667,3 milhões em 2017 e R$ 161 milhões em 2018. Isso amorteceu as perdas de R$ 5 bilhões dos nos dois anos anteriores. Nos últimos meses, agências foram fechadas, serviços extintos e novas taxas passaram a ser cobradas para equilibrar as contas.
Falta de sensibilidade vira tiro no pé
A falta de sensibilidade dos sindicatos que estimularam esta greve fica clara ao verificar-se que, segundo a assessoria dos Correios, ocorreram “10 encontros na mesa de negociação com representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 milhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa”.
Governo gaúcho de olho na poupança dos poderes
Enquanto negocia uma solução intermediária no reajuste dos orçamentos dos poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério Publico para 2020, o governo gaúcho sonha com outro aporte de recursos: dispor, por empréstimo de cerca de R$ 800 milhões de recursos próprios, que formam o volume de reservas que os demais poderes guardam em suas contas como uma espécia de poupança.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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