Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Entre 1997 e 1999, a União renegociou as dívidas de 24 Estados (exceto Amapá e Tocantins) e 180 municípios. No primeiro momento, o efeito foi a redução da taxa de juros. Logo depois, a crise voltou, por conta da concessão de reajustes salariais que estavam represados, e houve novos apelos a Brasília. Diante da escassez de caixa, governadores e prefeitos usaram a expressão negociar a renegociação.
Um não sonoro
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda naquela época, Pedro Parente, a quem os apelos foram enviados, deu a resposta: tudo era negociável, menos os parâmetros básicos dos contratos assinados.
Referia-se aos prazos, aos juros pactuados e aos níveis de comprometimento da receita para pagamento da dívida.
Governadores e prefeitos tiveram de continuar empurrando as gestões com os cofres debilitados.
Desafio
O que aconteceu há 20 anos vale como referência para a renegociação em andamento do Estado com a União, agora denominada Plano de Recuperação Fiscal. Não haverá fórmula mágica. A adaptação das despesas da receita é o capítulo número 1 do acordo.
Ontem, o governador Eduardo Leite sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020, prevendo déficit de 4 bilhões e 300 milhões de reais. Prova das imensas dificuldades.
Na balança
A carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo, só cairá se os governos forem capazes de cortar gastos desnecessários. Quando a despesa cresce mais do que a Economia, os impostos acompanham a espiral.
Os prejudicados
A carga tributária no País, próxima de 40 por cento do Produto Interno Bruto, diminui o poder de consumo da maior parte da população. Porém, sábios da gestão pública recorrem sempre à elevação de impostos. Para eles é a solução mais fácil e confortável.
Será difícil
Militares próximos ao presidente Jair Bolsonaro pedirão que dispense o assunto torturas em suas falas públicas. Pretendem evitar que novos personagens ganhem manchetes como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz.
Dará polêmica
Está marcada para 13 de agosto, às 10h, a audiência pública que debaterá a autoconcessão de aumentos salariais aos poderes, sem análise e votação na Assembleia Legislativa. A iniciativa é do deputado Sebastião Melo.
Fiel ao seu estilo
O ex-governador José Ivo Sartori desfaz expectativas e antecipa que não discursará com declarações fortes no Encontro da Juventude do MDB, sábado, em Gramado. Muitos iriam para ouvir um balanço da atual gestão, esperando também que apontasse os rumos do partido no Estado e no País.
Desproporção
O preço da energia produzida e distribuída por Itaipu é diferente. A população paraguaia paga 74 dólares/megawatt-hora. Fica menor ainda para as indústrias: 51 dólares. Os usuários residenciais no Brasil desembolsam 206 dólares e as indústrias, 125 dólares.
Cabe lembrar
O Senado e a Câmara dos Deputados, que gostam de comissões especiais, não podem deixar passar a oportunidade. Estão se completando 25 anos da criação do Plano Real, que eliminou a possibilidade de uma hiperinflação e uma catástrofe econômica. A análise, projetando o futuro, seria indispensável.
Troca
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, anunciou ontem que apresentará projeto de lei para abrir os clubes brasileiros aos investidores estrangeiros. Quer dizer, entrará em campo um titular chamado Negócio e com cifrão às costas. O futebol será um acessório.
Viraram a página
A 31 de julho de 1929, os maragatos, reunidos no diretório do Partido Libertador, em Bagé, decidiram apoiar a candidatura do chimango Getúlio Vargas à Presidência da República. Seis anos antes, em lados opostos, tirotearam nas coxilhas do Rio Grande do Sul.
Em busca de solução
Tem governador querendo consultar o técnico Tite para que indique um goleiro, que segura tudo, para assumir um cargo no Secretariado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.