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Geral Santa Casa comemora 20 anos do primeiro transplante de pulmão Intervivos

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Santa Casa realizou cerimônia para comemorar 20 anos do primeiro transplante Intervivos nesta terça-feira (24). (Foto: O Sul)

A Santa Casa de Porto Alegre é uma referência internacional na área de transplantes de órgãos. A instituição celebrou, nessa segunda-feira (23), 20 anos da realização do primeiro transplante de pulmão com doadores vivos feito fora dos Estados Unidos. O momento histórico foi relembrado durante cerimônia com a presença dos pacientes.

O primeiro paciente a receber partes de pulmões de pessoas vivas foi Henrique Busnardo, em 1999. Na época com doze anos, o menino que veio de Curitiba, sofria de bronquiolite, doença que atinge os pulmões. Com apenas 12% da capacidade pulmonar, o menino tinha dificuldades até mesmo para dormir.

“Eu me sentia muito triste em não conseguir fazer os esportes que eu sempre gostava. Era uma tristeza profunda no meu coração de não poder expressar minha alegria em poder fazer coisas que uma criança, um jovem normal, faria naquela idade”, disse Busnardo.

Somente um transplante poderia salvar a vida de Henrique naquela época. E para ser compatível, os pais doariam uma parte dos pulmões. Em setembro de 1999, a equipe médica do doutor José Camargo iniciou então, uma operação desafiadora com o apoio de 20 profissionais da Santa Casa: fazer o transplante com doadores vivos.

O médico José Camargo explicou sobre o caso. “Essa é uma solução alternativa para crianças que precisam de transplante e que não tem condição de esperar um doador muito improvável, porque a morte encefálica é muito rara na infância, então a proposta foi usar partes do pulmão de adulto para substituir pulmões inteiros da criança com insuficiência respiratória”, detalhou.

O procedimento foi um sucesso. Após o transplante, Henrique teve uma vida normal, se formou em Direito e hoje, aos 32 anos, é muito grato aos médicos. Para comemorar os 20 anos desse feito inédito na América Latina, a Santa Casa realizou uma cerimônia, onde foram homenageados os profissionais e paciente.

“São pacientes que não sobreviveriam muito tempo sem o transplante e, consequentemente, não tinham tempo para esperar um hipotético e improvável doador cadáver. Para isso que se idealizou essa técnica”, disse. E continuou. “Essa foi a primeira vez que se fez [o procedimento] fora dos Estados Unidos. Hoje já é uma técnica mais usada no Japão, na Europa, mas nenhum país do hemisfério Sul faz transplante intervivos com a exceção da nossa Santa Casa”, comentou Camargo.

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