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Política “Se a turma da Cristina Kirchner voltar, vai ficar ruim para todos aqui’’, diz Bolsonaro

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Bolsonaro teme uma eventual vitória da chapa de oposição Alberto Fernández-Cristina Kirchner na eleição presidencial da Argentina. (Foto: Reprodução/Twitter/@CFKArgentina)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de quinta-feira (15) que será “ruim para todos nós aqui” uma eventual vitória da chapa de oposição Alberto Fernández-Cristina Kirchner na eleição presidencial da Argentina, em mais um comentário após a derrota nas primárias de domingo do candidato que apoia, o presidente Mauricio Macri. As informações são da agência de notícias Reuters.

Está na cara que se essa turma da Cristina Kirchner voltar, é ruim para todos nós aqui”, disse Bolsonaro, em transmissão ao vivo feito em seu perfil no Facebook.

Ele repetiu que não quer que ocorra com a Argentina o que passa a Venezuela e destacou que será um “caos” se a oposição vencer, após falar do tombo da bolsa de valores e da disparada do dólar no país vizinho.

Na transmissão, Bolsonaro e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmaram que, a partir de segunda-feira, caminhoneiros que tiverem dívidas com o banco poderão renegociá-las, mas não deram detalhes.

Mercosul

Nesta sexta-feira (16), Bolsonaro disse que avaliza a declaração dada na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil deixará o Mercosul caso a oposição vença a eleição presidencial na Argentina e decida fechar a economia do país.

Em entrevista a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada em Brasília, Bolsonaro disse não acreditar que o candidato da oposição no país vizinho, Alberto Fernández, queira seguir um caminho de liberdade e democracia, que para ele vem sendo trilhado pelo atual presidente argentino, Mauricio Macri, seu aliado.

O atual candidato que está na frente na Argentina, que tem na vice a Cristina Kirchner, já esteve visitando o Lula, já falou que é uma injustiça o Lula estar preso, já falou que quer rever o Mercosul. Então o Paulo Guedes — perfeitamente afinado comigo, por telepatia — já falou: ‘se criar problema, o Brasil sai do Mercosul’. Está avalizado, sem problema nenhum”, disse Bolsonaro.

Eu não acredito que ele (Fernández) queira seguir nessa linha de liberdade e democracia. Esse pessoal quando se apodera do poder, não quer sair mais. E sempre vivendo às custas da coisa pública”, disse.

O presidente disse, no entanto, que está disposto a conversar com Fernández se ele vencer a eleição, mas avisou que o gesto terá de partir de Fernández, que tem como candidata a vice a ex-presidente Cristina Kirchner.

Eu converso até com a Folha de S.Paulo, quem dirá com o futuro presidente da Argentina”, disse o presidente. Ao ser indagado sobre se procuraria Fernández caso ele vença a eleição presidencial argentina de outubro, negou.

Não, não. Ele é que vai ter que dar o sinal. Quando eu tomei posse eu falei que ia manter a democracia, a liberdade, abrir o mercado, respeitar as religiões, e é isso que eu estou fazendo.”

Bolsonaro voltou a citar a reação dos mercados financeiros à vitória da coalizão encabeçada por Fernández nas primárias da eleição presidencial argentina no último domingo e reiterou que, se o oposicionista vencer, o Rio Grande do Sul pode ter de lidar com a mesma onda de imigração enfrentada por Roraima por causa da crise na Venezuela.

Olha a Argentina aqui, o que aconteceu com a bolsa, com o dólar, com a taxa de juros deles. O mercado deu um sinal de que não vai perdoar a esquerda na Argentina novamente, o pessoal vai tirar de lá. Os empresários não vão investir na Argentina enquanto não resolver a situação política”, disse.

Mais tarde, no Palácio do Planalto, Bolsonaro voltou a antever problemas em caso de vitória da chapa Fernández-Cristina na Argentina, inclusive para o acordo Mercosul-União Europeia.

Depende do futuro presidente da Argentina. Se tiver uma linha semelhante a do Maduro ou da própria Cristina Kirchner, a gente vai ter dificuldade”, disse o presidente a jornalistas. “O que nós construirmos agora com a União Europeia vai fazer água.”

A eleição presidencial na Argentina acontece em outubro, mas a ampla vantagem obtida pela oposição nas primárias a deixa com amplo favoritismo para vencer o pleito.

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