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Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2019
De acordo com um estudo realizado por cientistas da Universidade de East Anglia e profissionais do Hospital Universitário de Norfolk e Norwich, no Reino Unido, é possível utilizar amostras de urina coletadas em casa para diagnosticar o câncer de próstata e prever a necessidade do tratamento para cada indivíduo.
Para que homens não precisam entrar na clínica, ou realizar exames invasivos, a equipe médica e universitária das duas instituições desenvolveu um kit de coleta de urina caseiro para identificação do câncer de próstata – doença causada pela presença de uma pequena glândula, de tamanho parecido com o de uma noz, localizada logo abaixo da bexiga do organismo – a partir de biomarcadores.
O teste, que foi apelidado de PUR – Risco de Urina de Próstata, em tradução livre -, analisa as amostras de urina e fornece informações consideradas vitais para entender se o tumor é agressivo ou de baixo risco. Jeremy Clark, pesquisador principal, afirma que esse câncer é um dos mais comuns entre os homens do Reino Unido: Geralmente, se desenvolve lentamente e a maioria dos cânceres não exige tratamento durante a vida de um homem. No entanto, os médicos lutam prever quais tumores se tornarão agressivos, dificultando a decisão sobre o tratamento para muitos homens”, afirma Clark em nota.
Tradicionalmente, os exames requisitados para identificar se um homem possui ou não câncer de próstata são o exame de sangue comum, ressonância magnética ou uma biópsia. O teste PUR é uma forma inovadora e não invasiva para identificar a doença. Para conseguir resultados mais precisos, os cientistas sugerem que o indivíduo realiza a coleta de urina durante a primeira micção do dia, quando os biomarcadores funcionam com mais eficácia por serem mais altos e consistentes.
Robert Mills, cirurgião do Hospital Universitário, afirma que é uma maneira de diferenciar os pacientes que realmente precisam de atenção contínua dos que não precisam: “Quando diagnosticamos câncer de próstata, o exame de urina tem o potencial de diferenciar aqueles que precisam de tratamento daqueles que não precisam de tratamento, o que seria inestimável. Esses pacientes passam a um programa de vigilância ativo após o diagnóstico que pode envolver repetir biópsias e exames de ressonância magnética, o que é bastante intrusivo. Esse exame de urina tem o potencial de nos dizer se precisamos intervir com esses pacientes”, disse Mills.