Geral Vírus Sincicial Respiratório, responsável por problemas respiratórios em bebês, tem imunização pelo SUS
Por Redação O Sul | 23 de março de 2017
O VSR (Vírus Sincicial Respiratório) é um dos principais responsáveis por problemas respiratórios em bebês de zero a 2 anos. Apesar de o nome parecer estranho, este é um vírus bastante comum, que circula principalmente nas estações de outono e inverno, no Sul do Brasil. Em prematuros, no entanto, pode ser fatal, alertam especialistas.
A Sociedade Brasileira de Imunização e o Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) recomendam imunização preventiva de bebês prematuros (nascidos na “estação do vírus”) e cardiopatas ou broncodisplásicos, por sofrerem mais o impacto da infecção pelo VSR. A imunização é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Bronquiolite e pneumonia são suas formas frequentes de infecções causadas pelo VSR. A longo prazo, uma das suas consequências mais comuns é o chiado recorrente no peito, que pode perdurar até os 13 anos de idade.
Com o outono, começa a circula no sul do País o Virus Sincicial respiratório, que pode causar infecções no trato respiratório inferior em bebês prematuros, com hospitalizações recorrentes.
Estudo epidemiológico (Brazilian Respiratory Virus Study – Brevi) realizado em Porto Alegre Curitiba e Ribeirão Preto, indicou que o VSR é responsável por 66,7% dos casos de internações de prematuros, para os quais pode causar infecções respiratórias graves e hospitalizações recorrentes, com necessidade de ventilação mecânica.
Em crianças acima de dois anos e adultos saudáveis, os sintomas são semelhantes aos de um simples resfriado, mas pode ser fatal no caso de bebês prematuros ou com fatores de risco associados.
Imunização pode ser feita pelo SUS
“A imunização contra o VSR – Vírus Sincicial Respiratório é oferecida pelo Sistema Único de Saúde para bebês prematuros nascidos com até 28 semanas de gestação, durante o primeiro ano de vida, assim como para bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatias congênitas, até os dois anos de idade, como recomenda calendário de imunização especifica”, informa o médico Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
O período e a forma de obtê-la pode variar de Estado para Estado. Mais informações estão disponíveis no site da SBIM.
Tratamento
Não há tratamento específico para a infecção por VSR depois de instalada. Por isso, além da imunização preventiva, as sociedades médicas recomendam medidas profiláticas para evitar o contágio e a transmissão do VSR, tais como: lavar as mãos frequentemente e sempre antes de tocar na criança (o VSR permanece vivo nas mãos por mais de uma hora), evitar aglomerações; higienizar sempre os objetos do bebê (em superfícies não porosas, o VSR pode sobreviver por mais de 24 horas), evitar o contato com pessoas com sintomas de resfriados ou gripes, com fumantes e ambientes poluídos.
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