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Mundo 40% das pessoas não conseguem detectar imagens manipuladas: as “Fake News”

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Pesquisa fez teste com mais de 700 pessoas. (Foto: Reprodução)

Um estudo publicado nessa segunda-feira (17) realizou um teste para determinar a capacidade humana de detectar imagens manipuladas, comumente usadas para embasar as “fake news”, notícias com informações falsas disseminadas na internet. Os pesquisadores concluíram que 40% das pessoas não conseguem identificar uma fotografia falsa.

Um teste online foi criado e usou um banco de 40 imagens, respondido por 707 pessoas. Dez delas eram originais — seis delas foram usadas para cinco tipos de manipulação diferentes, gerando 30 imagens falsas em mudanças classificadas como “fisicamente implausíveis” e “fisicamente plausíveis”. Todos os participantes nunca tinham visto alguma dessas fotos.

De acordo com os cientistas, 60% das pessoas conseguem identificar a manipulação das fotos — 40% não. Entre as pessoas que disseram encontrar algum tipo de mudança nas imagens, apenas 45% conseguiram apontar corretamente qual era a parte onde estava a manipulação. “Descobrimos que as pessoas eram melhores em detectar manipulações fisicamente implausíveis, mas não em localizar quais eram. Portanto, mesmo que as pessoas possam dizer que algo está errado, elas não conseguem identificar de forma confiável o que está realmemte diferente”, disse Derrick Watson, coautor do estudo da Universidade de Warwick, no Reino Unido.

Para Kimberley Wade, também coautor do estudo, além da disseminação de informações falsas, há outro problemas que pode ocorrer: “A fraca habilidade das pessoas em identificar fotos manipuladas causa problemas em processos legais em que as imagens podem ser usadas como evidências”, disse. “Os jurados e os membros do tribunal aceitam essas imagens. Precisamos trabalhar para encontrar melhores maneiras de proteger as pessoas contra esses efeitos negativos”, completou.

Apesar de não ser novidade, a circulação de informações e imagens não verificadas e de boatos falsos ganhou muito mais influência após as redes sociais. Com a possibilidade de qualquer pessoa criar seus próprios canais de comunicação, o volume de notícias e histórias que passaram a circular entre os leitores afetou o comportamento de consumo de informação.

Checagem de fatos

Quantas notícias você já compartilhou nos últimos dias nas suas redes sociais? Em quantos casos você compartilhou o link sem ler a notícia? Das notícias que você leu, quantas tinham informações realmente verificadas? Se você nunca parou para pensar nisso, talvez seja a hora de começar. Com o aumento cada vez maior de usuários na internet, crescem também os movimentos – deliberados ou não – de criação de notícias baseadas em informações falsas, inventadas ou não verificadas.

Desde meados de 2016, cresceu também a preocupação com o impacto das informações falsas na formação da opinião pública. Os dois principais eventos que acenderam esse alerta foram o referendo sobre o Brexit e as eleições nos Estados Unidos. No fim do ano, o assunto estava sendo tão discutido que o Dicionário Oxford elegeu “pós-verdade” como o termo do ano.

Com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, e a adoção, pelo novo governo americano, de uma política de contestação dos principais veículos de comunicação, multiplicaram-se as iniciativas de projetos de checagem de fatos. O fenômeno também se espalhou por outras partes do mundo, inclusive o Brasil. (AG)

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https://www.osul.com.br/40-das-pessoas-nao-conseguem-detectar-imagens-manipuladas-as-fake-news/ 40% das pessoas não conseguem detectar imagens manipuladas: as “Fake News” 2017-07-18
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