Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2024
As táticas agressivas da Rússia na Ucrânia devem continuar, sendo improvável que a guerra termine em breve.
Foto: ReproduçãoA Rússia negou nesta quinta-feira (2) a acusação dos Estados Unidos de que suas forças na Ucrânia violaram uma proibição internacional de armas químicas ao usar substâncias proibidas, incluindo um agente de asfixia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres que Moscou continua vinculado às suas obrigações sob o tratado que proíbe armas químicas.
Os Estados Unidos acusaram a Rússia na quarta-feira (1°) de violá-las ao usar o agente sufocante cloropicrina contra as tropas ucranianas e ao usar agentes de controle de rebeliões “como método de guerra” na Ucrânia.
“Como sempre, tais anúncios são absolutamente infundados e não são apoiados por nada. A Rússia esteve e continua comprometida com as suas obrigações sob o direito internacional nesta área”, disse Peskov.
Longa duração
As táticas agressivas da Rússia na Ucrânia devem continuar, sendo improvável que a guerra termine em breve, disse a principal funcionária da inteligência dos Estados Unidos nesta quinta.
A diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, pontuou ainda que desenvolvimentos nacionais e internacionais tendem a favor do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
A fala aconteceu ao Comitê de Serviços Armados do Senado americano, onde ela destacou ainda que a Rússia intensificou os ataques à infraestrutura da Ucrânia para dificultar a movimentação de armas e tropas, desacelerar a produção da indústria de Defesa e forçar o país a considerar negociações.
“As táticas cada vez mais agressivas de Putin contra a Ucrânia, tais como os ataques à infraestrutura elétrica, têm como objetivo mostrar à Ucrânia que continuar lutando apenas aumentará os danos e não oferecerá nenhum caminho plausível para a vitória”, avaliou ela.
“Essas táticas agressivas provavelmente continuarão e é improvável que a guerra termine tão cedo”, comentou Haines.
Sobre a China, considerada pelos EUA seu principal rival global, Haines ressaltou que o presidente chinês, Xi Jinping, e os seus principais líderes esperam alguma instabilidade nas relações com Washington no futuro.
Mas, continuou ela, vão procurar projetar estabilidade nesses laços diplomáticos, uma vez que sua principal prioridade é lidar com a conturbada economia da China.
Em vez de prosseguir políticas para estimular os gastos dos consumidores ou encorajar o investimento, parecem estar “duplicando” uma estratégia de longo prazo impulsionada pela indústria transformadora e pela inovação tecnológica, avaliou.