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Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2020
Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20) mostra que 46% dos brasileiros constataram uma redução na renda familiar provocada pela pandemia do novo coronavírus. Para 45% dos entrevistados, a renda familiar ficou igual, e 9% relatam um aumento.
A pesquisa foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. O instituto ouviu 2.065 pessoas por telefone em 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Por tipo de ocupação, a perda de renda foi mais relatada por assalariados sem registro (61%), empresários (56%) e autônomos (54%).
A queda é maior entre aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (48%). Entre os que ganham de dois a cinco salário mínimo, 46% relatam perda da renda. Essa redução é menos relatada para aqueles com renda de cinco a dez salário mínimos (36%) e entre o grupo que ganha mais de dez salários (34%).
O instituto também apurou que 60% dos entrevistados que receberam pelo menos uma parcela do Auxílio Emergencial dizem ter perdido renda. Já 27% afirmaram que a renda ficou igual, enquanto 13% apontaram que houve uma aumento.
A pesquisa também apontou que houve uma mudança no perfil da ocupação do país por causa da crise econômica.
Antes da pandemia, segundo o Datafolha, 28% dos entrevistados eram assalariados registrados. Agora, são 21%.
O grupo de quem está desempregado e na procura por trabalho aumentou de 4% para 12% no período. E a fatia dos brasileiros desocupados que não estavam procurando emprego subiu de 1% para 5%.
Rendimento domiciliar
Já segundo dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19 mensal, divulgada nesta quinta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido em julho foi de R$ 1.271, ou seja, 2,9% acima do valor de junho (R$1.236). As regiões Nordeste e Norte apresentaram os menores valores, R$ 899 e R$ 903, respectivamente.
O rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia algum auxílio do governo concedido em função da pandemia (R$ 1.760) era, em média, mais de duas vezes superior ao daqueles onde algum morador recebia o auxílio (R$ 797). Essa proporção se manteve nas cinco regiões.
Os Estados do Norte e Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios onde um dos moradores é beneficiário de algum programa de auxílio emergencial. Três estados da região Norte estão entre os cinco com maior percentual: Amapá (68,8%); Maranhão (65,8%); Pará (64,5%); Alagoas (62,8%) e Amazonas (62,6%). Na sequência estão os demais estados do Nordeste e Norte, todos, exceto Rondônia (48,5%), com mais da metade dos domicílios recebendo auxílio emergencial. Todos os estados das demais regiões ficaram abaixo de 50%. No Sul, Rio Grande do Sul (29,6%) e de Santa Catarina (24,5%) tinham as menores proporções. As informações são do portal de notícias G1 e do IBGE.