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Geral Pacientes acusam médico por abuso sexual durante consultas em São Paulo. Ele já foi condenado por crime sexual, mas mantém registro e continua atendendo

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(Foto: Reprodução)

Mulheres acusam um médico nutrólogo de abuso sexual dentro do próprio consultório nos Jardins, em uma área nobre de São Paulo. O médico Abib Maldaun Neto já foi condenado em segunda instância por violação sexual mediante fraude pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), mas continua atendendo com autorização do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). O médico nega os abusos.

A condenação em segunda instância ocorreu em 30 de julho e foi divulgada pela revista Veja, sendo confirmada pela GloboNews. Em julho de 2018, ele foi condenado em primeira instância pela Justiça de São Paulo a 2 anos e 8 meses de reclusão por violação sexual de uma paciente mediante fraude, quando a vítima é induzida ao erro ou um meio que impeça ou dificulte a defesa. A sentença foi proferida pelo juiz Antonio Zorzs, da 29ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda. Maldaun Neto disse ser inocente.

Relatos parecidos

Pelo menos, cinco pacientes relatam terem sido vítimas de abuso dentro do consultório do médico Abib Maldaun Neto. De acordo com o relato das vítimas, o crime ocorreu durante a realização de exames físicos. Elas dizem que procuraram atendimento pois ele era um médico renomado e que atendia celebridades.

As pacientes não se conhecem, mas tiveram relatos parecidos. Elas dizem que só tiveram certeza do abuso após conversas com outros médicos e terapeutas.

Ele me fez deitar na maca, tirar a roupa. Ele começou um procedimento de auscultar meu coração e, já logo naquele dia, eu senti que ele botou a mão um pouco mais estranho quando ele foi auscultar meu coração, botou a mão no meu peito. Até o momento que ele pediu que eu tirasse a calcinha. E, na hora, me passou milhões de coisas na cabeça, mas não fui capaz nem de perguntar por que, nem de falar não”, conta uma paciente que preferiu não se identificar.

As pacientes tinham entre 17 e 31 anos na época dos abusos e estavam sozinhas durante as consultas.

Os casos começaram em 2012. E outra paciente também contou detalhes do suposto abuso. “Ele falou: ‘eu vou verificar como está, como estão as coisas’. E enfiou dois dedos na minha vagina e começou a estimular…meu clitóris. E dai eu já tava me sentindo muito mal…Eu virei pro lado, comecei a chorar sem que ele percebesse. Só desejava que aquilo acabasse o mais rápido possível”, conta.

Apesar da condenação, o médico cumpre pena em regime semiaberto por ser réu primário, já que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permite que o condenado recorra em liberdade até a última instância judicial.

Na época, como eu estava nesses check-ups, eu cheguei a fazer um procedimento com a minha ginecologista. Eu fiz uma cauterização. Ele falou: ‘ah, posso olhar, eu posso fazer também um exame só para ver se está tudo bem?’ Achei bem estranho. Ele fez como se fosse um exame ginecológico, de toque. E eu lembro disso. Eu lembro dele…introduziu o dedo. Tirar e introduzir de novo”, relatou uma terceira vítima.

O médico Abib Maldaun Neto não quis dar entrevista e se manifestou em nota. “Mantenho a consciência tranquila, pois em décadas arduamente dedicadas à medicina jamais pratiquei qualquer ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão. Sempre atuei de forma ética, integra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada”, diz o texto.

Já sua defesa alega que a Constituição Federal consagra o princípio da presunção de inocência e se diz confiante na Justiça para reconhecer sua inocência.

Dois crimes, ocorridos em 2012 e 2013, já prescreveram. Outras duas vítimas não decidiram se vão acionar a Justiça devido ao constrangimento. Os casos foram denunciados ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) pedindo que a licença dele como médico seja cassada.

O advogado Fernando Castelo Branco, defensor das vítimas, disse que apesar da demora das denúncias e com a ausência de exame de corpo de delito para comprovar a violação sexual mediante fraude, há provas circunstancias e testemunhais.

O que nós trabalhamos foi com as questões circunstanciais. Provas testemunhais que demonstravam que todo o relato dele, que estava acompanhado por uma enfermeira, que a paciente não tinha ido no dia da consulta, conseguimos demolir no processo legal, no criminal e no CRM.”

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) disse que a licença do médico ainda não foi cassada pois ele pode responder a mais de um processo ético-profissional sobre o mesmo assunto. O conselho ainda disse que enquanto o trâmite judicial não terminar, o registro profissional continua ativo. As informações são do portal de notícias G1.

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