Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2020
"O Brasil está fechando novos acordos para conseguir a vacina", declarou Campos Neto
Foto: Reprodução de TVO presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (15) que é mais barato o governo federal focar em fechar acordos para vacinar a população contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, do que prolongar o auxílio emergencial.
“O Brasil está fechando novos acordos para conseguir a vacina. Agora, é uma corrida para ver quem tem a vacina mais cedo, como pode fechar a logística de distribuição. Isso muda todos os dias, mas eu acho que investir na vacina agora é mais barato do que prolongar as transferências diretas e planos como esses. Estamos concentrando nisso e é o que o mercado está focando”, declarou Campos Neto em um fórum com investidores internacionais.
O governo tem indicado que não prolongará o auxílio emergencial em 2021. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, há algumas parcelas a serem pagas à população no começo do ano que vem, mas relativas ao benefício aprovado neste ano.
A área econômica tem dado sinais de que esses serão os últimos pagamentos do benefício. Porém, há iniciativas no Congresso Nacional para estender a ajuda por mais alguns meses.
De acordo com o presidente do Banco Centraç, na maior parte dos países da Europa, assim como no Brasil, está havendo redução da mobilidade por conta do aumento da contaminação pelo novo coronavírus nas últimas semanas.
“A questão que aparece é qual o impacto que vai ter o crescimento do PIB no primeiro trimestre. O mercado estava no estágio de deixar de falar dos incentivos e falar mais na dinâmica das vacinas. A questão é como isso vai se desenvolver, uma vez que você vê um número maior de casos e restrição da mobilidade, que vai causar, de alguma forma, uma desaceleração da atividade no primeiro trimestre”, afirmou.
A estimativa do governo para o pagamento do auxílio emergencial é de R$ 321 bilhões, representando o maior gasto do pacote de combate à pandemia do novo coronavírus.
Embora o benefício tenha previsão para terminar em 2020, Guedes explicou recentemente que algumas parcelas da programação deverão ser pagas somente em 2021. Ao mesmo tempo, as despesas previstas com a vacinação da população estão estimadas em até R$ 25 bilhões.