Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2022
O dólar fechou a semana em leve declínio nesta sexta-feira (3), suficiente para manter a moeda abaixo da marca psicológica de 4,80 reais, num dia sem direção comum nas praças cambiais do exterior após dados fortes de emprego nos EUA endossarem expectativas de mais altas de juros na maior economia do mundo.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (3) vendido a R$ 4,779, com recuo de R$ 0,01 (-0,2%). A cotação teve um dia volátil, chegando a R$ 4,83 pouco antes das 10h, impulsionada pela divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos. No entanto, investidores aproveitaram o valor alto para venderam a moeda, empurrando a cotação para baixo durante a tarde.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana subiu 0,83% na semana. Essa foi a primeira alta desde a primeira semana de maio. Em 2022, a divisa acumula queda de 14,28%.
Nos três primeiros dias de junho, a moeda dos Estados Unidos tem alta somada de 0,49%. Em 2022, o dólar ainda recua 14,28%.
Bolsa
Puxada pelo temor da alta da inflação nos Estados Unidos, a bolsa de valores teve a maior queda em duas semanas, após três altas consecutivas. O dólar fechou em baixa, mas teve a primeira alta semanal desde o início de maio.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.102 pontos, com queda de 1,15%. Esse foi o maior recuo diário desde 18 de maio, quando o indicador tinha caído 2,3%. A bolsa de valores fechou a semana com queda de 0,75%, a primeira baixa depois de três semanas de ganhos.
Contribuiu para a instabilidade no mercado internacional a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Em maio, a maior economia do planeta criou 390 mil empregos, número superior às expectativas.
O bom desempenho do emprego aumentou os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros mais que o previsto para segurar a inflação nos Estados Unidos, que está no maior nível em 40 anos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Mercado
Por aqui, o IBGE divulgou o resultado da produção industrial em abril, que apontou alta de apenas 0,1%, impactada pela alta dos preços das matérias primas, falta de insumos e restrições de oferta. Na quinta (2), o instituto mostrou que a economia brasileira cresceu 1% no 1º trimestre, puxada pelo setor de serviços.
No exterior, o foco do dia está nos dados sobre criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em maio: segundo o Departamento do Trabalho, foram criadas 390 mil vagas no mês passado – acima do esperado pelos analistas –, e o desemprego permaneceu em 3,6%, indicando que o Federal Reserve (o BC dos EUA) pode ter espaço para seguir aumentando os juros para conter a inflação em alta.
Juros mais altos nos EUA tendem a valorizar o dólar, já que elevam a atratividade da dívida norte-americana, considerada a mais segura do mundo.
Na zona do euro, o volume de vendas no varejo caiu 1,3% em abril sobre o mês anterior, com aumento de 3,9% na comparação anual, bem abaixo do esperado.