Armando Burd CONDENAM O FUTURO

“O painel do clima da Organização das Nações Unidas lançou seu alerta mais duro ao afirmar que, se as emissões de gás carbônico não começarem a cair nesta década, será difícil impedir o planeta de ficar 2 graus centígrados mais quente, limite mais arriscado do aquecimento global. Para que a Terra tenha dois terços de chance de não cruzar essa fronteira, as emissões de CO2 precisam ser reduzidas em até 70 por cento por volta de 2050 e zeradas em 2100, segundo o relatório-síntese do IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudança Climática da ONU.”

Esta notícia foi publicada a 2 de novembro de 2014. Passado um ano, não se viu atitude concreta e conjunta para começar a afastar o risco.

No final da década de 1960, a Imprensa do Rio Grande do Sul despertou para o tema da defesa do meio ambiente, tornando-se pioneira no País. No decorrer dos anos 70, as sucursais de O Globo, O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e Folha de São Paulo, em Porto Alegre, tornaram-se fontes do noticiário cada vez ampliado sobre questões vinculadas à preservação da natureza. Ficou comprovado que a destruição pode ser estancada parcialmente por meio de gestos espontâneos e da legislação rigorosa.

Constatar a inércia mundial diante dos problemas crescentes provoca desânimo. A desinformação de governos e da classe política, além do desinteresse de setores produtivos, conduzem ao caos. Ponta de esperança? O engajamento e o clamor das populações.

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