Sexta-feira, 04 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Operador de esquema de “rachadinha” atribuído a governador de Alagoas foi flagrado após saque de 32 mil reais na Caixa

Compartilhe esta notícia:

Dantas é eleito pela primeira vez em uma eleição direta para o Executivo. (Foto: Reprodução/Instagram)

Entre os indícios levados à ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Laurita Vaz para requerer as diligências cumpridas no bojo da operação que mirou o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), na terça-feira (11), a PF (Polícia Federal) narrou como a condução de um homem abordado em “atitude suspeita” ao sair de uma agência da Caixa Econômica com R$ 32 mil em espécie resultou em uma “confissão” sobre o suposto esquema de funcionários “fantasmas” na Assembleia Legislativa do Estado.

Segundo a PF, o homem seria um operador do esquema que teria como líder o governador Paulo Dantas – afastado do cargo, a três semanas do segundo turno das eleições, por ordem da ministra Laurita Vaz. José Everton mora em Major Izidoro e foi conduzido por policiais militares à Superintendência da Polícia Federal de Alagoas no dia 3 de agosto, antes do início da campanha eleitoral.

Em representação ao STJ, os investigadores da Operação Edema narraram que os policiais encontraram na posse de José Everton, durante abordagem em Arapiraca, R$ 32 mil em espécie, recém-sacados, além de diversos cartões da Caixa em nome de terceiros. Segundo a PF, no decorrer da oitiva, o próprio abordado “confessou que os titulares dos cartões eram servidores fantasmas da Assembleia Legislativa de Alagoas”.

De acordo com os militares responsáveis pela abordagem, José Everton disse que os funcionários tinham conhecimento da suposta “rachadinha” e receberiam, por mês, R$ 300 para “emprestarem seus nomes”. Ainda segundo os PMs, José Everton disse que, em cada conta bancária, eram depositados R$ 17 mil por mês, e que ele sacava R$ 2 mil por dia, usando cada um dos 16 cartões de débito que estavam em sua bolsa.

Em seu depoimento, José Everton confirmou as informações prestadas pelos PMs, acrescentando que os valores sacados seriam entregues a duas pessoas, João Ferreira Júnior e Alexsandro Rodrigues, que trabalhavam na Prefeitura de Major Izidoro. Segundo o depoente, os dois servidores citados eram assessores de Dantas à época em que este era deputado estadual.

A Polícia Federal entendeu que as declarações de José Everton indicam que ele “atuava como uma espécie de operador local, concentrando a realização dos saques relativos a um lote de cartões de servidores fantasmas sob sua guarda, além de coletar valores relacionados a semelhantes desvios que supostamente ocorrem nas prefeituras de Major lzidoro e Batalha”.

Na decisão em que determinou o afastamento de Dantas do governo do Estado – medida também aplicada à mulher do governador, Marina Thereza Dantas, prefeita do município de Batalha, e a Theobaldo Cavalcanti Lins Neto, prefeito de Major Izidoro –, a ministra Laurita Vaz entendeu que a ocorrência narrada pela PF “verossimilhança da hipótese criminal sob investigação” quanto ao “protagonismo” do governador e de seus cunhados no esquema sob suspeita. A magistrada chamou de “valioso” o depoimento prestado por José Everton.

Nesta quinta-feira (13), a Corte Especial do STJ, por maioria de votos, confirmou a decisão monocrática da relatora, ministra Laurita Vaz, que determinou o afastamento cautelar do governador de Alagoas, Paulo Dantas, até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro. Dantas é investigado por suposta participação em organização criminosa que desviava o salário de servidores fantasmas da Assembleia Legislativa de Alagoas. Na investigação, são apurados os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ao referendar as medidas cautelares – que também incluem o sequestro de bens e valores de vários investigados, no limite de R$ 54 milhões –, o colegiado considerou as informações da Polícia Federal de que o desvio de verbas públicas teria continuado mesmo após Paulo Dantas deixar o cargo de deputado estadual para assumir o governo de Alagoas, e que o político teria utilizado o novo cargo em benefício do esquema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do STJ.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Leis contra o aborto estão deixando no limbo as gestações com complicações nos Estados Unidos
Na disputa pela presidência do Senado, cinco nomes já aparecem no páreo
https://www.osul.com.br/operador-de-esquema-de-rachadinha-atribuido-a-governador-de-alagoas-foi-flagrado-apos-saque-de-32-mil-reais-na-caixa/ Operador de esquema de “rachadinha” atribuído a governador de Alagoas foi flagrado após saque de 32 mil reais na Caixa 2022-10-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar