Armando Burd Até a última chance
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Advogado do PT disse ontem que “a orientação de Lula é seguir recorrendo por candidatura”. A legislação ajuda, porque admite recursos e mais recursos. Ainda que a possibilidade de obter ganho seja inexistente. Porém, no dia em que entregar os pontos, sairá do jogo. Antes disso, conjugará o verbo resistir em todos os tempos.
Corrida contra o tempo
Assessores de Fernando Haddad andam incomodados: quanto mais demorar o lançamento de sua candidatura, menor será a chance. A começar pelo Nordeste, onde há um oceano de votos lulistas e ele ainda não é conhecido.
Para diminuir o tró-ló-ló
Geraldo Alckmin rompeu a cortina de promessas infindáveis ao dizer que “o Brasil entrará em colapso dentro de dois ou três anos, se o déficit público persistir”. A verdadeira campanha começará quando os demais candidatos falarem sobre essa projeção.
Lembrete
João Goulart Filho, candidato à Presidência pelo PPL, constata: há 20 anos, o Brasil tinha 25 bancos privados. Hoje, quatro instituições detêm 70 por cento dos ativos financeiros. Isso pesa.
Faltam 32 dias
Para quem desconfia das pesquisas, acentua-se mais ainda o cenário de poucas certezas e muitas dúvidas.
Grau de exigência
Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o mercado de trabalho foi seletivo na eliminação de postos entre 2014 e 2017. “O movimento não afetou a todos os trabalhadores. Quem perdeu postos foram os que têm escolaridade mais baixa. A ocupação cresceu para quem tem mais anos de estudo”, aponta o Dieese.
Prova da deficiência
O Ministério da Educação acaba de divulgar os dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, que mostram a situação desastrosa na formação educacional dos jovens.
Fundo do poço
Alunos que concluíram o ensino médio apresentaram conhecimentos considerados completamente insuficientes em matemática e português. Por incrível que possa parecer, não estão preparados para resolver problemas, utilizando as operações elementares de soma, subtração, multiplicação e divisão. Também não aprenderam o considerado básico em português. Significa que saem da escola incapacitados em reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal de uma reportagem.
Sem pressa
A traumática e danosa greve dos caminhoneiros ocorreu em maio. Só ontem o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que concede subsídio com recursos da União para reduzir o preço do óleo diesel rodoviário até 31 de dezembro de 2018. A matéria ainda será votada pelo Senado. Com isso, dá para ver a velocidade do Parlamento ao decidir questão relevante. Verdadeiros adeptos da língua conhecida como embromês.
Usando freio
Desta vez, o governo correu na frente para não deixar a bomba estourar. Com o aumento do preço do óleo diesel nas refinarias, o Diário Oficial da União publica hoje a tabela com os novos preços dos fretes. Em maio, o erro foi esperar para ver o que aconteceria. Pagamos todos pelas pesadas consequências.
Efeito
A crise argentina vai atingir o Brasil, que reduzirá as exportações por volta de 16 bilhões de reais ao país do tango. A reeleição de Mauricio Macri, em 2019, também ficará ameaçada, dando chance à volta da demagogia populista de Cristina Kirchner & Cia.Ltda.
Este é o líder
O presidente Nicolás Maduro diz que não há explicação para os venezuelanos deixarem o país. Na alucinação seguinte, dirá que não existe motivo para pagar os 50 bilhões de dólares que deve ao Brasil.
Dois lados
Antigo ditado: em uma democracia, ninguém vive satisfeito. Numa ditadura, ninguém pode se queixar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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