Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O placar eletrônico Jurômetro atingiu, ontem à noite, 453 bilhões e 740 milhões de reais. Foi quanto o governo federal pagou, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar sua dívida, que se aproxima de 4 trilhões de reais. Dinheiro que sai do bolso de cada contribuinte de impostos.
Diferença
Levantamento do Tesouro Nacional comprova que a despesa do Brasil com juros, somando União, Estados e municípios, é cinco vezes maior que a dos países desenvolvidos e 3,5 vezes superior às de nações emergentes.
Irresponsabilidade
Os juros levam quase 10 por cento do Produto Interno Bruto. Foram 532 bilhões de reais em 2017. Se o Brasil gastasse a mesma média dos emergentes, a conta cairia para 116 bilhões. Diferença de 416 bilhões em apenas um ano. Porém, a ordem da maioria dos governos, há décadas, é gastar até quebrar.
No mundo da Lua
Na União, nos Estados e nos municípios, os orçamentos podem ser apelidados de “ficções reais”. Para os ordenadores de despesas, uma fantasia, porque desperdiçam sem preocupações ou limites. Quantos aos demais, que sustentam a conta, pagando impostos, um quadro real e cruel.
Lição não aprendida
“Toda autoridade governamental deveria ter experiência prévia em uma empresa privada para aprender o que é descontar uma duplicata numa instituição bancária, para saber o que é enfrentar concorrentes e contentar clientes”. Ensinamento de André Franco Montoro Filho, doutor em Economia pela Universidade de Yale (EUA).
Vai mudar
A primeira iniciativa da futura mesa diretora da Assembleia Legislativa será criar um sistema com filtro que torne mais difícil a participação nos salários de servidores. Ao mesmo tempo, haverá aceleração do rito sumário, prevendo a cassação de parlamentares que usarem mecanismos ilícitos.
Para pegar fogo
O debate a 16 de abril, no Supremo Tribunal Federal, sobre prisão por decisão de segunda instância, vai se iniciar com a leitura do artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. A iniciativa será dos ministros Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewansdowski. Entendem que a execução da sentença não pode começar enquanto existir algum recurso.
Derrota do governo
A sessão extraordinária da Assembleia Legislativa, a 23 de dezembro do ano passado, terminou sem que fosse votado o projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Resultado da pressão das bancadas de oposição. Passado um ano, segue tudo na mesma.
Nada mais
Romeu Zema, do partido Novo, vai governar Minas Gerais com 11 secretarias.
O que prende atenção
A Câmara dos Deputados termina o ano com chave-de-ouro: debate o projeto que vai disciplinar a pesca esportiva.
Como sempre
Vai se abrir, em janeiro, a discussão sobre a nova tarifa de ônibus de Porto Alegre, sem que a prometida auditoria tenha se consumado. O último reajuste ocorreu a 13 de março deste ano, com aumento de 25 centavos. O valor atual é de 4 reais e 30 centavos.
Há 75 anos
A 23 de dezembro de 1943, o presidente Getúlio Vargas tomou posse na Academia Brasileira de Letras. Seu discurso foi transmitido em cadeia nacional de rádio. Tinha publicado “A Nova Política do Brasil”, em nove volumes, e “Zola e a Crítica”, com pseudônimo de “Aderbal”.
Fotografia do momento
O buraco na camada de ozônio se amplia, mas não chega perto do tamanho da dívida do governo do Estado com a União, dos saques do caixa único, dos precatórios e das retiradas dos depósitos judiciais.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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