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Brasil A agonia de Manaus põe autoridades sob pressão

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Na quinta-feira o presidente havia criticado a Petrobras e dito que algo aconteceria na empresa nos próximos dias. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Enquanto Manaus vive um cenário de terror, com centenas de pacientes agonizando pela falta de oxigênio e de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a classe política, entre farpas e trocas de acusações sobre responsabilidades pelo caos, promete empenho para tentar amenizar os impactos do coronavírus na capital amazonense.

Ao passo em que o governo federal disse que vai construir um hospital de campanha em Manaus e entregar 30 mil metros cúbicos de oxigênio para a cidade, até o início da próxima semana, governadores colocaram-se à disposição para receber em seus estados os pacientes amazonenses que precisam do insumo ou de tratamento especializado.

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Executivo está fazendo a sua parte. Pelo menos 500 cilindros de oxigênio já foram entregues em Manaus pelo Ministério da Defesa, que também transportou 50 toneladas de equipamentos e materiais para a montagem de um hospital provisório. Ele ainda informou que pediu ajuda ao embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, para o país do Oriente Médio enviar cilindros de oxigênio ao Amazonas. “A gente está sempre fazendo o que tem de fazer. Terrível, o problema em Manaus. Agora, nós fizemos a nossa parte. Recursos, meios”, disse o chefe do Executivo a apoiadores.

Governadores criaram uma rede de solidariedade para Manaus, oferecendo leitos e equipamentos. São Paulo prometeu enviar 40 respiradores para a cidade. “Conseguimos a solidariedade da Latam para encaminhar, transportar e entregar, imediatamente, à Secretaria da Saúde do Estado do Amazonas esses 40 respiradores. É uma pequena ajuda, mas é um sentimento solidário do estado de São Paulo aos seus irmãos do estado do Amazonas”, afirmou o governador João Doria (PSDB), em entrevista coletiva. “Orientei, também, o nosso secretário da Saúde a disponibilizar leitos nos hospitais públicos e a gerenciar leitos em hospitais privados para aqueles que puderem ser transportados até São Paulo para o atendimento prioritário.”

À exceção dos governadores Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Mauro Mendes (DEM-MT), Ratinho Júnior (PSD-PR), Coronel Marcos Rocha (sem partido-RO), Belivaldo Chagas (PSD-SE) e Mauro Carlesse (DEM-TO), todos os demais chefes dos Executivos estaduais já declararam, publicamente, que estão à disposição. “Disponibilizaremos leitos de UTI pediátrico para atender as crianças do Amazonas. Equipes de saúde estão operacionalizando o transporte das crianças para Minas. Nós, mineiros, que já fomos muito ajudados em momentos de dor, estamos solidários”, destacou o governador do estado, Romeu Zema.

O Congresso também se mobilizou e quer a convocação de uma comissão representativa para definir ações de enfrentamento ao momento crítico pelo qual Manaus passa. “É mais do que urgente que o Parlamento esteja de portas abertas, trabalhando para encontrar soluções para essa situação tão drástica e urgente. Não podemos nos omitir”, justificou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que endereçou o pedido ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Em meio à solidariedade, aflorou, também, a rivalidade política. Parlamentares de oposição ao governo criticaram duramente Bolsonaro por não se empenhar no combate à doença. O embate principal, porém, envolveu o presidente e João Doria, desafetos desde o início da crise sanitária. O governador referiu-se ao chefe do Planalto como um “facínora”. “Li uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro dizendo: ‘Fiz tudo o que estava ao meu alcance, o problema agora é do estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus’. Inacreditável. Em outro país, isso, talvez, fosse classificado como genocídio. É um abandono dos brasileiros”, disparou o gestor de São Paulo.

Bolsonaro rebateu as críticas: “Vem esse moleque, governador de São Paulo, me acusar de facínora. Seja homem, cara. É duro mexer com quem tem um comportamento como esse cara. Em São Paulo, (existe) um governador medíocre, que não sai na rua. Se sair, vai ser linchado”, irritou-se.

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https://www.osul.com.br/a-agonia-de-manaus-poe-autoridades-sob-pressao/ A agonia de Manaus põe autoridades sob pressão 2021-01-16
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