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Brasil A diabetes pode agravar o coronavírus e muitos pacientes desconhecem estar no grupo de risco

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No Brasil, quase 15,5 milhões de pessoas são diabéticas. (Foto: Agência Brasil)

A pandemia da Covid-19 destacou a vulnerabilidade das pessoas com diabetes. Segundo estudos, pessoas com a doença apresentam risco pelo menos duas vezes maior da doença grave ou morte pelo vírus, especialmente se o diabetes não estiver controlado.

Dois motivos podem ser destacados como os principais responsáveis pelos diabéticos estarem no grupo de risco da Covid-19: excesso de glicose no sangue e tendência a inflamação – essas duas condições impedem que o sistema imunológico responda adequadamente a infecções por vírus e bactérias.

“Acredita-se que os casos mais graves de Covid-19 provoquem um processo inflamatório no organismo e o diabetes é uma doença inflamatória. Isso pode desencadear o quadro mais complexo da infecção. Além disso, se o paciente estiver com a doença descontrolada, com níveis de glicose muito altos, ele também tende a ter uma resposta pior ao vírus”, explica a endocrinologista Anna Gabriela Fuks, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (RJ).

O Brasil tem mais de 16 milhões de diabéticos. Em todo o mundo, 463 milhões de pessoas têm diabetes e a estimativa é que este número aumente para 578 milhões até 2030.

“O diagnóstico é muito importante. Pacientes de diabetes tipo 2 muitas vezes não sabem que têm a doença. O exame é simples e precisa ser feito antes que o diabetes esteja descompensado”, alerta a endocrinologista.

Diabetes

Patologia crônica, o diabetes é caracterizado pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina (hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo), resultando na elevação do nível de açúcar no corpo – o normal, para uma pessoa saudável e em jejum, é abaixo de 100 mg/dl.

O diabetes é uma doença silenciosa e sem cura, mas que tem controle. Por isso, o tratamento é contínuo. Os dois tipos de diabetes mais comuns são o tipo 1 e tipo 2.

Tipo 1

É uma doença autoimune. Ele se dá quando o próprio sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. “Esse tipo é mais comum em crianças e adolescentes. Quando falamos de Covid-19, os diabéticos tipo 1 tendem a ter um quadro mais brando”, diz Anna Gabriela.

Os sintomas mais comuns são sede, emagrecimento, muito xixi, cansaço e fraqueza. O tratamento é feito com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas.

Tipo 2

Ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Ele acomete com mais frequência os adultos e está diretamente relacionado à sobrepeso, sedentarismo e dieta inadequada.

Os sintomas são aumento de apetite, muito xixi, formiga no vaso sanitário, fraqueza, dor nas pernas, candidíase vaginal. Dá para prevenir ou retardar o diabetes tipo 2 com comportamentos saudáveis: alimentação, atividade física, evitar o álcool, tabaco.

A endocrinologista explica que é possível reverter o quadro de diabetes tipo 2, mas isso não significa que o paciente estará curado. “O diabetes tipo 2 está relacionado com obesidade. Então, se o paciente consegue perder peso, ele até pode conseguir reverter o quadro. Entretanto, ele vai precisar sempre estar em alerta. Além da obesidade, tem o sedentarismo, a genética”.

O mais importante para quem tem diabetes é manter a doença bem controlada. “Diabetes é um dos fatores de risco para Covid-19. Por isso, o paciente precisa manter os níveis de glicose o mais próximo do normal possível. Dormir bem, se alimentar bem, evitar o estresse”, orienta a endocrinologista.

“As medidas de prevenção também valem para quem tem diabetes: usar máscaras, evitar aglomerações, lavar as mãos, manter o distanciamento social” completa Fuks.

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https://www.osul.com.br/a-diabetes-pode-agravar-o-coronavirus-e-muitos-pacientes-desconhecem-estar-no-grupo-de-risco/ A diabetes pode agravar o coronavírus e muitos pacientes desconhecem estar no grupo de risco 2020-11-15
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