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Saúde A era pós-Ozempic: novos dados mostram como os próximos medicamentos para perda de peso vão ser ainda mais poderosos

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A promessa é que os novos medicamento serão ainda mais potentes do que os disponíveis atualmente no mercado. (Foto: Reprodução)

Médicos vêm chamando os novos medicamentos para perda de peso de revolucionários. Transformadores. Sem precedentes. Em breve, podem também chamá-los de obsoletos, já que indústrias farmacêuticas estão em uma corrida para desenvolver a próxima geração de remédios contra obesidade e diabetes. A promessa é que eles serão ainda mais potentes do que os disponíveis atualmente no mercado.

“Acredito que veremos muito em breve que o Wegovy recebeu muita atenção da imprensa porque chegou primeiro”, diz Simon Cork, professor da Universidade Anglia Ruskin, na Inglaterra, que estuda obesidade. “Mas será rapidamente superado por medicamentos muito mais potentes.”

No último dia 21, pesquisadores apresentaram dados em um congresso anual da Associação Americana de Diabetes sobre o que pode ser o mais aguardado desses medicamentos: um comprimido de uso diário. Um estudo de fase avançada mostrou que o medicamento, chamado orforglipron, parece ser tão eficaz quanto a injeção semanal de Ozempic na perda de peso e na redução da glicemia. Ele é apenas um entre mais de uma dúzia de medicamentos experimentais cujos dados foram apresentados na conferência no último fim de semana.

Alguns desses remédios continuam em fases iniciais de testes, mas outros podem chegar ao mercado já no próximo ano. Incluem opções que prometem perda de peso maior do que os atuais, que levam a uma redução de cerca de 15% a 20% do peso corporal. Também podem ser mais fáceis de administrar do que as injeções semanais e ajudar na perda de gordura sem tanta perda de massa muscular. Maior concorrência – e, no caso do comprimido, menor custo de fabricação – também pode significar preços mais acessíveis para os pacientes.

“Muita gente pensa: ‘Ah, temos o Ozempic, agora está tudo resolvido’”, afirma Megan Capozzi, professora assistente de pesquisa na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington. “Mas ainda há muito a melhorar.”

Segundo algumas estimativas, um em cada oito adultos nos Estados Unidos já tomou algum medicamento como o Wegovy ou o Zepbound. Mas os pesquisadores acreditam que muito mais pessoas usariam e manteriam o uso desses remédios se não precisassem de injeções semanais.

“Simplificando: as pessoas preferem tomar comprimidos a levar injeções”, resume Capozzi.

É por isso que médicos e investidores estão empolgados com o orforglipron. Assim como o Ozempic e outros medicamentos atuais, ele imita um hormônio que regula a glicose no sangue e reduz o apetite. Segundo os dados apresentados na conferência, pesquisadores que acompanharam mais de 500 pacientes com diabetes tipo 2 observaram que aqueles que tomaram a dose mais alta perderam, em média, cerca de 7,2 kg após nove meses. Cerca de dois terços dos participantes também apresentaram queda dos níveis de glicose para a faixa considerada ideal.

Se for amplamente utilizado por pessoas com obesidade (e não apenas com diabetes), os resultados podem ser ainda mais expressivos, já que pacientes com diabetes tendem a perder menos peso com esse tipo de medicamento, segundo explica Scott Hagan, professor assistente de Medicina na Universidade de Washington.

A farmacêutica Eli Lilly, responsável pelo comprimido, divulgará mais dados sobre o orforglipron em pacientes com obesidade ainda este ano. A empresa pretende solicitar aprovação regulatória primeiro como tratamento para obesidade e, depois, para diabetes tipo 2. O lançamento pode ocorrer já no próximo ano.

A empresa ainda não revelou o preço do orforglipron, mas geralmente é mais barato produzir comprimidos em larga escala do que injeções. Se tiver um custo significativamente menor do que os medicamentos atuais, que podem custar centenas ou até cerca de mil dólares por mês, mais pacientes poderiam pagar. E mais planos de saúde podem cobrir o tratamento.

Nos próximos dias, pesquisadores também apresentarão dados sobre outros medicamentos em fase inicial que podem ser mais práticos do que as injeções semanais. Isso inclui o MariTide, um injetável mensal desenvolvido pela Amgen, empresa biofarmacêutica.

Alguns novos medicamentos também buscam resolver um efeito colateral persistente dos tratamentos atuais: a perda de massa muscular com a de gordura. Isso pode ser especialmente perigoso para idosos, pois aumenta o risco de quedas e piora a osteoporose.

Um medicamento experimental combina a substância do Ozempic com um composto que bloqueia receptores ligados ao controle de massa muscular e de gordura. Outros simulam o hormônio amilina, que em estudos com roedores ajudou a preservar massa magra, embora ainda sejam necessários dados mais sólidos em humanos. Alguns cientistas seguem céticos quanto à possibilidade de perder peso de forma significativa sem perder ao menos parte da musculatura.

Embora a nova geração de medicamentos prometa mais conveniência e menor perda muscular, ainda não está claro se oferecerá uma redução de peso substancialmente maior.

Investidores e médicos tinham grandes expectativas para o CagriSema, uma injeção semanal que combina o composto do Ozempic com uma nova substância. A fabricante, Novo Nordisk, esperava alcançar 25% de perda de peso, mas os resultados iniciais ficaram abaixo disso: pacientes com obesidade perderam quase 23% do peso corporal após mais de um ano. Para analistas, isso não foi suficiente para superar o Zepbound, considerado hoje o mais eficaz no mercado.

“O nível esperado para obter sucesso está ficando cada vez mais alto”, diz Hagan.

Mas alguns medicamentos em estágios menos avançados parecem mais promissores, como o retatrutide, uma injeção semanal que superou o Zepbound nos testes preliminares. Ainda assim, sua aprovação está distante.

Mesmo que os medicamentos que cheguem ao mercado em breve ofereçam apenas resultados equivalentes aos atuais, seu impacto pode ser grande. O principal motivo: se forem mais baratos ou mais fáceis de usar, mais pacientes poderão continuar o tratamento por mais tempo. As informações são do jornal The New York Times.

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https://www.osul.com.br/a-era-pos-ozempic-novos-dados-mostram-como-os-proximos-medicamentos-para-perda-de-peso-vao-ser-ainda-mais-poderosos/ A era pós-Ozempic: novos dados mostram como os próximos medicamentos para perda de peso vão ser ainda mais poderosos 2025-06-27
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