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Saúde Deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de contrair o coronavírus

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A vitamina D é um hormônio que possui receptores em células do sistema imunológico. (Foto: Reprodução/Youtube)

Um estudo publicado no periódico científico JAMA Network Open concluiu que a deficiência de vitamina D está associada a um aumento do risco de infecção pelo coronavírus. Desde o início da pandemia surgiram indícios sobre a relação entre baixos níveis da vitamina e o aumento da probabilidade de desenvolvimento da Covid-19. Entretanto, de acordo com os autores, esse é o primeiro estudo que conseguiu avaliar a relação entre níveis da vitamina e o risco de infecção pelo novo coronavírus.

No estudo, pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, analisaram o resultado do teste RT-PCR e os níveis de vitamina D de 489 pessoas. Os resultados mostraram que aqueles com baixos níveis da vitamina tinham um risco 1,77 vezes maior de receber um diagnóstico positivo para a doença do que pessoas que tinham níveis mais altos do nutriente.

No entanto, de acordo com os próprios autores, a descoberta precisa ser avaliada com cautela, já que o estudo é do tipo retrospectivo e observacional. Os participantes tiveram seu nível de vitamina D aferido no ano anterior à realização do teste Covid-19. Então, para o estudo, os pesquisadores usaram resultados que já constavam em um sistema da faculdade de medicina. Isso significa que o trabalho apenas estabelece uma conexão entre os fatores, mas não necessariamente uma causa.

Ou seja, ainda é cedo para afirmar se um tratamento para aumentar o nível de vitamina D no organismo é capaz de reduzir o risco de infecção. “Estudos clínicos randomizados controlados com tratamentos para reduzir a deficiência de vitamina D são necessários para determinar se estas intervenções [com vitamina] podem reduzir a incidência de Covid-19, incluindo pesquisas com populações amplas e com grupos de particular risco para deficiência de vitamina D e/ou Covid-19”, ressaltam os autores.

Como foi feito o estudo

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores dividiram os participantes em grupos, de acordo com seu nível de vitamina D, sendo as possíveis classificações: provavelmente deficiente; provavelmente suficiente e outros dois grupos com deficiência indefinida.

Do total, 71 pessoas, o equivalente a 15% da amostra, testaram positivo para Covid-19. Entre os participantes com deficiência para vitamina D, 19% (32 participantes) testaram positivo, enquanto no grupo sem deficiência, o percentual foi de 12% (39).

A vitamina D é um hormônio que possui receptores em células do sistema imunológico. Estudos clínicos anteriores, mostraram que a suplementação dessa vitamina, que é obtida de forma natural pela exposição solar e pela alimentação, pode reduzir a probabilidade de adoecimento por vírus respiratórios.

“Acabamos de publicar um artigo na revista Archives of endocrinology and metabolism alertando que a deficiência de vitamina D aumenta o risco das infecções respiratórias virais, como é a Covid-19, e também agrava a forma e apresentação da doença. Então já existiam indícios na literatura médica”, disse Marise Lazaretti de Castro, diretora do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sbem. De acordo com a especialista, níveis de vitamina D abaixo de 20 ng/mL são considerados insuficiência.

Embora ainda sejam necessários mais estudos para comprovar a associação entre maiores níveis da vitamina e a proteção contra a Covid-19, a equipe da Universidade de Chicago, acredita que a vitamina D desempenha um papel importante no sistema de defesa do organismo.

“A vitamina D modula a função imunológica por meio de efeitos nas células dendríticas e nas células T, que podem promover a eliminação do vírus e atenuar as respostas inflamatórias que produzem os sintomas. Na medida em que previne a infecção, diminui a replicação viral ou acelera a eliminação do vírus, o tratamento com vitamina D pode reduzir a transmissão (da doença). Por outro lado, se a vitamina D reduz a inflamação, ela pode aumentar a transmissão assintomática e diminuir as manifestações clínicas, incluindo a tosse, tornando difícil prever seu efeito na disseminação do vírus”, conclui o artigo.

 

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https://www.osul.com.br/a-falta-de-vitamina-d-pode-aumentar-o-risco-de-coronavirus/ Deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de contrair o coronavírus 2020-09-17
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