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Brasil A greve dos petroleiros pode gerar dano à Petrobras de 55 milhões e 900 mil reais com horas extras e funcionários temporários

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A greve iniciada no dia 1º de fevereiro encerrou nesta sexta-feira (21). (Foto: Divulgação)

Os danos gerados a Petrobras pela greve dos petroleiros referentes a pagamento de horas extras e de salários de trabalhadores temporários é estimada em R$ 55,9 milhões. A informação consta do acordo assinado nesta sexta-feira (21) entre a estatal e representantes de sindicatos que pôs fim à greve iniciada no dia 1º de fevereiro.

O valor chega perto do total de multas impostas aos sindicatos em função da paralisação, fechado em R$ 58,8 milhões. A estatal, no entanto, receberá apenas 4,2% desse montante – R$ 2,47 milhões -, segundo a negociação realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Por outro lado, o combinado é que a Petrobras poderá descontar dos trabalhadores metade dos dias parados. Já a outra metade será compensada através de bancos de horas no prazo máximo de 180 dias. Não haverá punições por participação pacífica na greve.

Greve

Com o acordo, os sindicatos conseguiram ajustes em tabela de turnos, uma das reivindicações propostas, além de avançar em negociações.

Na próxima quinta-feira (27), o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho irá mediar nova audiência para tratar de demissões de trabalhadores em fábrica de fertilizantes desativada pela Petrobras no Paraná. Por enquanto, os desligamentos na unidade permanecem suspensos até 6 de março, afirmou Martins Filho.

Reivindicações

Em nota, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) confirmou os termos do acordo anunciado pelo TST, afirmando que audiência garantiu “parte das reivindicações dos petroleiros”.

A entidade afirma que o acordo também prevê o prazo de 25 dias para que a empresa e os sindicatos aprovem uma nova tabela de turnos, e discutam posteriormente a revisão do intervalo entre jornadas de trabalho.

As advertências dadas pela Petrobras aos trabalhadores que aderiram à greve serão canceladas, segundo a FUP, e as férias, que haviam sido adiadas pela empresa por causa da paralisação, ficam mantidas. O desconto dos dias parados foi dividido, metade em dinheiro e metade em compensação com horas extras em até 180 dias.

O TST tinha declarado a greve como ilegal, prevendo a aplicação de multas, bloqueio de contas bancárias e retenção dos repasses da Petrobras aos sindicatos e à FUP. Os valores autorizados nos despachos do TST sobre a greve chegavam a R$ 58 milhões, segundo a FUP.

O acordo fechado com a companhia prevê a retenção de cerca de R$ 2,5 milhões dos repasses, diz a entidade.

Contra demissões

Os petroleiros entraram em greve no início de fevereiro por considerar que a Petrobras descumpriu o acordo coletivo de trabalho, firmado em novembro do ano passado. O compromisso previa que não haveria demissão em massa de funcionários sem que antes fosse discutido com as entidades sindicais.

“No entanto, dois meses após a assinatura do acordo, a Ansa, empresa 100% Petrobras, anunciou a demissão sumária de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes (Fafen-PR)”, diz a FUP.

A entidade afirma que a greve também era contra “várias outras violações que a gestão da Petrobras está fazendo ao desrespeitar o que pactuou com os trabalhadores e o próprio TST”.

A empresa afirma que o TST “declarou inconstitucional a incorporação dos trabalhadores da fábrica da Araucária Nitrogenados S.A (ANSA) aos quadros da Petrobras, uma vez que são empregados não concursados”.

Segundo a FUP, 21 mil petroleiros entraram em greve, em 121 unidades da Petrobras em 13 Estados. A Petrobras diz que nenhuma plataforma de produção, refinaria, unidade de processamento de gás natural ou térmica teve adesão total à paralisação.

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