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Saúde A Organização Mundial da Saúde interrompe os estudos com medicamentos para HIV e hidroxicloriquina após fracasso em redução de mortalidade do coronavírus

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Decisão não afeta outros estudos em que os remédios são usados para pacientes não hospitalizados ou como profilaxia.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O coquetel não é vendido em farmácias. O seu uso é restrito a hospitais. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou  que estava interrompendo seus testes com o medicamento combinado contra o HIV lopinavir/ritonavir em pacientes hospitalizados com coronavírus, depois de não reduzir a mortalidade. O órgão também confirmou a suspensão dos estudos com hidroxicloroquina — substância que já havia sido cortada provisoriamente dos testes.

“Esses resultados preliminares mostram que a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com coronavírus hospitalizados quando comparados ao padrão de atendimento”, diz a OMS, em comunicado.

“Os investigadores do estudo de solidariedade interromperão os ensaios com efeito imediato”, acrescentou a OMS, referindo-se a amplas análises com medicamentos em vários países que a agência está liderando.

No início da semana passada, um estudo feito pela Universidade de Oxford observou que a combinação dos antivirais usados no combate ao HIV não apresentou benefícios em pacientes hospitalizados com a Covid-19 em um estudo randomizado de larga escala. Os cientistas não encontraram diferenças em mortalidade, tempo de estadia no hospital ou risco de precisar de respiração mecânica.

A agência da ONU disse que a decisão, tomada por recomendação do comitê de condução internacional do estudo, não afeta outros estudos em que os medicamentos são usados para pacientes não hospitalizados ou como profilaxia.

Outro braço do estudo liderado pela OMS está analisando o efeito potencial sobre a Covid-19 do remédio antiviral remdesivir, da Gilead.

A OMS já havia suspendido a pesquisa com hidroxicloroquina no fim de junho, em medida de caráter temporário até que a segurança da droga fosse reavaliada. No começo do mês passado, testes com a droga já chegaram a ser suspensos e retomados, durante uma série de divergências de dados sobre mortalidade relacionado ao uso da substância.

Ensaios Solidariedade

Os ensaios Solidariedade foram anunciados pela OMS em 18 de março. Vários hospitais, no mundo inteiro, fazem parte da iniciativa. Segundo a organização, a estratégia pode diminuir em 80% o tempo necessário para ensaios clínicos, que geralmente levam anos para serem desenhados e conduzidos.

Qualquer adulto com Covid-19 que seja internado em um hospital participante pode fazer parte das pesquisas. Os pacientes são distribuídos, de forma aleatória por um computador, entre as opções restantes de tratamento. Um grupo de pacientes recebe apenas a forma de tratamento padrão do local onde está. O segundo grupo recebe essa forma de tratamento + o antiviral remdesivir, que já foi testado para o ebola e teve resultados promissores contra a Sars e a Mers, também causadas por vírus da família corona (como o Sars-CoV-2, o novo coronavírus). O outro grupo recebe o tratamento padrão + interferon beta-1a, usado para tratar esclerose múltipla.

Antes do “sorteio” do tratamento, o paciente é avaliado por uma equipe médica para descartar medicamentos que definitivamente não poderiam ser dados a ele. No Brasil, os ensaios do Solidariedade são coordenados pela Fiocruz.

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