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Brasil A polícia estuda condução coercitiva da mulher que acusa Neymar de estupro

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Neymar foi cortado da Seleção Brasileira devido a uma lesão. (Foto: Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil de São Paulo estuda aplicar medida de condução coercitiva caso a mulher que acusou Neymar de estupro, em boletim registrado no último dia 31, continue sem atender às notificações para comparecer à Delegacia de Defesa da Mulher, localizada no bairro Santo Amaro, na capital paulista. Ela é esperada até sexta-feira (7).

A delegada Juliana Lopes Bussacos, que instaurou inquérito para investigar a acusação, confirmou que a mulher recebeu quatro notificações. Já havia sido chamada no sábado (1), segunda (3) e terça (4), mas ignorou todos os chamados.

A advogada Yasmin Pastore Abdalla, que se apresentou à imprensa como defensora da suposta vítima, também foi intimada.

“Eu não tenho conhecimento de quando ela vai depor”, se limitou a dizer Danilo Garcia de Andrade, advogado criminalista contratado para também representar a acusadora.

Os policiais querem que a mulher explique a versão dado por seu ex-advogado, de que ela não teria relatado ser vítima de estupro, mas de agressão.

Se essa versão se confirmar, a denunciante corre o risco de responder por falsa comunicação de crime, já que em seu primeiro depoimento à polícia, registrado no boletim de ocorrência, ela descreveu ter sofrido violência sexual.

A reportagem tentou entrar em contato com a advogada, que não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas.

O caso veio a público no último sábado (1º) e, mais tarde neste mesmo dia, o jogador se pronunciou por meio de um vídeo publicado em seu Instagram. Na postagem, posteriormente retirada do ar pela rede social, o camisa 10 da seleção brasileira se defende da acusação e expõe as conversas com a suposta vítima, exibindo também imagens da mulher nua e seminua –com o rosto e partes íntimas borradas.

A Polícia Civil foi até a Granja Comary no domingo (2) buscar explicações do atleta por ter, no vídeo, exposto imagens íntimas da mulher. O jogador ainda não havia voltado de um período de folga, concedido a todo o elenco, e não foi ouvido pelos policiais. Na entrevista coletiva no centro de treinamento da seleção, Neymar foi defendido pelos colegas.

O jogador havia sido intimado a depor na próxima sexta-feira (7), mas a polícia aceitou pedido para que o depoimento fosse adiado.

A acusação gera tensão também entre os patrocinadores de Neymar. A Nike, por exemplo, já demonstrou preocupação, assim como a Mastercard. Ele também estampa, por exemplo, a capa do videogame Fifa, ocupando o lugar que antes era de Cristiano Ronaldo, retirado pela produtora do jogo após o português ser acusado de ter estuprado uma mulher em Las Vegas.

Em entrevista ao canal SBT, o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Francisco Noveletto, chegou a dizer que, se fosse o atleta, pediria dispensa da seleção para cuidar de sua defesa. Depois, explicou que foi apenas uma opinião infundada e que ele não falou em nome da CBF.

Acusadora se pronuncia

A modelo Najila Mendes de Souza, que acusa Neymar, falou nesta quarta-feira (5) pela primeira vez à imprensa sobre as acusações e deu detalhes do supostos abuso sexual e agressão. “Fui vítima de estupro. Agressão juntamente com estupro”, disse ela em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, no SBT Brasil.

Najila ainda deu detalhes da suposta violência, que teria começado após ela se negar a fazer sexo sem camisinha. De acordo com ela, nenhum dos dois tinha preservativo no momento, mas o jogador forçou o ato sexual mesmo assim: “Ele me virou e cometeu o ato. Eu pedi para ele parar e ele continuou. Enquanto ele cometia o ato, ele continuava batendo na minha bunda violentamente e depois eu girei, foi tudo muito rápido, e me retirei”.

A modelo ainda relembra o momento que passou a se sentir violentada: “A partir do momento que ele se tornou agressivo, que eu perguntei se ele tinha levado preservativo, que eu não tinha, e eu falei ‘não podemos’. E ele concordou, o silêncio eu entendi como concordância. Quando ele me virou, ele começou o ato comigo. Eu não acreditei. Foi uma decepção. Eu não consegui falar nada para ele. Não consegui xingar, chorar.. só fiquei em estado de choque. Depois, ele levantou, foi pro banheiro. Quando ele entrou pela porta, eu saí pela outra”.

Perguntada sobre por que continuou conversando com o jogador após o abuso, Najila se explicou: “Eu tive que assimilar tudo, todo o acontecimento e, quando ele saiu do quarto, eu comecei a entender tudo o que tinha acontecido comigo, como ele foi estúpido, ruim, eu quis fazer justiça. Porque eu não acho que só porque eu estava a fim de ficar com ele, ele deveria fazer isso comigo. Eu sabia que se não falasse com ele normalmente, eu não teria como provar depois”.

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Imagem mostra suposta briga entre Neymar e a mulher que o acusa de estupro
O PSG acompanha o caso Neymar, mas decide não se manifestar
https://www.osul.com.br/a-policia-estuda-conducao-coercitiva-da-mulher-que-acusa-neymar-de-estupro/ A polícia estuda condução coercitiva da mulher que acusa Neymar de estupro 2019-06-05
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