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Geral Acirra-se a disputa entre Eduardo Leite e João Doria para as prévias que vão definir o candidato do PSDB à Presidência da República em 2022

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Governadores João Doria e Eduardo Leite são os principais candidatos nas prévias do partido. (Foto: Reprodução)

Reeleito prefeito de Itaguara (MG) em 2020 com 6.386 votos (o que equivale a 91,62% do eleitorado local), Donizete Chumbinho sempre acompanhou como um espectador distante os debates sobre os rumos do seu partido, o PSDB. Nas últimas semanas, porém, o prefeito se viu no centro de uma disputa de “cachorro grande” nas prévias para a escolha do pré-candidato da sigla à Presidência da República.

Após o diretório tucano mineiro fechar questão pelo apoio ao governador gaúcho, Eduardo Leite, aliados do governador paulista, João Doria, passaram a prospectar prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do Estado para tentar romper o bloco costurado pelo deputado federal Aécio Neves, desafeto declarado de Doria.

Com 86 prefeitos e 61 vices filiados ao PSDB, Minas é o segundo maior colégio eleitoral da legenda, atrás apenas de São Paulo – que tem 237 prefeitos e 147 vices. Na soma geral, o colegiado exerce papel fundamental para Leite vencer as primárias tucanas, marcadas para 21 de novembro.

Chumbinho, da pequena Itaguara (cerca de 13,5 mil habitantes), simboliza um efeito significativo na dinâmica interna do PSDB por causa das prévias. O partido fundado em 1988 com um discurso municipalista e de respeito às bases tomou a maioria de suas decisões eleitorais importantes até aqui em jantares de cúpula e em ambientes fechados. Agora, a disputa interna tornou obrigatório o olhar para a base.

No começo do mês, Chumbinho foi convidado pelo deputado federal Domingos Sávio, vice-presidente nacional do PSDB e único aliado de Doria em Minas, a participar de dois eventos com o pré-candidato paulista – um em Belo Horizonte e outro em Betim, na região metropolitana. Um dos poucos prefeitos tucanos que prestigiaram Doria, ele fez questão de levar ao governador um “kit rapadura”, iguaria que é a marca de sua cidade. Apesar da gentileza, não aceitou gravar uma mensagem de apoio.

Dias depois, o prefeito recebeu outro convite, dessa vez para participar de um ato político pró-Eduardo Leite, em Belo Horizonte. E, novamente, aceitou. Chegando ao local, Chumbinho recebeu tratamento vip, subiu ao palco e foi o último a discursar depois de entregar seu “kit rapadura” também para o gaúcho. “Ainda não defini meu voto, mas as prévias valorizaram demais os prefeitos”, disse.

“A maior parte dos partidos no Brasil é de oligarquias. As decisões no PSDB no final das contas ficavam restritas a um número restrito de dirigentes. Com as prévias, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores ganharam um protagonismo que não tinham e passaram a ter relação com o projeto nacional do partido”, observou José Álvaro Moisés, cientista político e professor da USP.

A mudança não é por acaso. O colégio eleitoral das prévias foi montado de modo que a votação será indireta e com pesos diferentes entre filiados, mandatários e dirigentes. A esmagadora maioria dos 1.353.838 filiados ao PSDB, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representa apenas 25% do resultado final. Votos de quem tem mandato valem mais na disputa.

Os 565 prefeitos e 445 vices tucanos espalhados por todo o País somam juntos mais 25% dos votos. A outra metade está dividida entre o grupo dos vereadores (são 4.297) e de deputados estaduais (72) – com os mesmos 25% – e, por fim, o grupo dos governadores (3), vice-governadores (5), senadores (7), deputados federais (32) e o presidente nacional do partido, Bruno Araújo (PE). Ainda segundo as normas, vence quem alcançar maioria absoluta dos votos válidos considerando esta soma: resultado do grupo 1 + resultado do grupo 2 + resultado do grupo 3 + resultado do grupo 4. Se for necessário, pode haver segundo turno de votação em 28 de novembro.

Considerados favoritos, Leite e Doria têm travado uma disputa direta que ganha contornos cada vez mais acirrados. Os diretórios tucanos de Minas, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia apresentaram na semana passada uma representação à Comissão Executiva Nacional do PSDB por suspeita de fraude na inscrição de eleitores paulistas.

A campanha de Doria aposta que o Estado, principal base nacional tucana desde 1988, dá uma dianteira de 25% entre os filiados. Com os números em mãos, Leite decidiu focar sua estratégia no campo do adversário e tem ido a São Paulo ao menos uma vez por semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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